O Leixões perdeu oportunidade histórica de infligir pesada derrota a uma das equipas de 'top' do futebol grego e dar um passo de gigante rumo à 2ª eliminatória da Taça UEFA. A 2ª parte dos leixonenses foi tão arrasadora e empolgante que deixou os gregos amedrontados e sem capacidade de reacção e levou o público leixonense a um estado de euforia indiscritível. A forma como os adeptos 'puxaram' pela equipa ajudou à sua galvanização e contribuiu para a tremenda quebra psicológica dos gregos na 2ª parte. Viveu-se uma atmosfera incrível e os jogadores bem mereceram os cânticos do público que não se cansou de entoar "uma equipa fantástica, esta nossa fé, olé Leixões, olé, olé..." numa adaptação do 'hino' da Juve-Leo.
Com efeito, o Leixões foi, de facto, uma equipa fantástica. Para uma equipa da II Divisão B estar à beira de golear uma das melhores formações gregas, constitui realmente uma proeza notável.
Nem a eliminação do Belasica, da Macedónia, 'às mãos' do Leixões fez com que o treinador grego usasse de algumas cautelas neste jogo. A equipa do PAOK sofreu um golo mal entrou em campo e acto contínuo teve uma reacção fortíssima, "caindo em cima" do Leixões com toda a sua "artilharia". A equipa desdobrou-se num 4x2x4 acutilante que criou sérios problemas ao Leixões. Georgiadis transformou-se em ponta direita, Yasemis encostou-se a Okkas e o camaronês Feutchine abriu a frente de ataque na ala direita. No "miolo" dois homens apenas [Markos e Kukielka, também eles a explorarem as diagonais para surpreender a defesa lusa]. Só se entende que o treinador grego tenha corrido riscos tremendos tão cedo, desguarnecendo o seu meio-campo, por estar convencido de que o Leixões não tinha capacidade para bater o pé à sua equipa.
A verdade é que, até ao intervalo, o Leixões não foi capaz de 'agarrar' no jogo e explorar esse balanceamento dos gregos. O "carrossel" do PAOK, que tem melhores individualidades que o Leixões, começou a fazer mossa. Os homens de Carvalhal não eram capazes de travar a rápida circulação de bola dos gregos e o seu sentido de desmarcação, criando sucessivas linhas de passe. O meio-campo leixonense não se entendia com as marcações porque não acertava com o tempo de entrada aos lances.
A agravar a situação, uma desconcentração de Israel [Carvalhal não lhe perdoou substituindo-o dez minutos depois] num canto, aos 24', proporcionou a Kukielka o golo do empate. O Leixões respondia com a generosidade e a 'alma guerreira' dos seus jogadores, mas era curto.
Para a 2ª parte, Carvalhal operou uma alteração que se revelou decisiva: a entrada de Detinho. O ponta de lança brasileiro foi fundamental pelo papel que desempenhou a segurar a bola de costas para a baliza e a permitir a chegada do apoio das alas e da retaguarda. Por outro lado, o seu poderio físico intimidou e desestabilizou os centrais gregos. O seu golo, aos 51', constituiu o ponto de viragem no jogo. Galvanizou os companheiros e quebrou psicologicamente o adversário.
O treinador grego tremeu e trocou dois avançados por dois médios para, pelo menos, 'salvar os dedos'. E Detinho prosseguiu o seu festival oferecendo dois golos autenticamente feitos a Brito e Bruno China. O Leixões falhou, ainda mais duas flagrantes oportunidades de fazer o 3-1. Um desperdício!...
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