Treinador português agastado após eliminação da Liga Europa
José Mourinho mostrou-se profundamente agastado com a eliminação, esta quinta-feira, da Liga Europa, após derrota (0-3) diante do Dínamo Zagreb, uma eliminatória em que os spurs tinham a vantagem de dois golos. No final da partida, o técnico português teve muita dificuldade em explicar o resultado, aproveitando para elogiar a entrega e humildade dos jogadores da formação croata.
"Boa questão. Se eu esquecer os últimos dez minutos do tempo-extra, altura em que fizemos alguma coisa para ir atrás do resultado, em 90 minutos e na primeira parte do tempo regulamentar houve uma equipa que decidiu deixar tudo em campo. Deixaram tudo, a camisola, a energia, sangue e até no final do jogo eles deixaram lágrimas de felicidade, muito humildes e comprometidos. Tenho de elogiá-los. Do outro lado, a minha equipa, eu repito, a minha equipa, não parecia que estávamos a jogar uma partida importante. E se para eles [jogadores] não é um jogo importante, para mim é, pelo respeito que eu tenho pela minha carreira e pelo meu trabalho. Cada partida é importante para mim. Acredito que para todos os adeptos do Tottenham, todas as partidas também importam. É preciso outra atitude. Dizer que estou triste não é suficiente porque aquilo que eu sinto neste momento vai muito além da tristeza", afirmou, em declarações à 'BT Sport'.
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"Acabei de sair do balneário do Dínamo Zagreb, onde estive lá para elogiar os rapazes. Entristece-me que uma equipa, que não a minha, vença um jogo tendo por base apenas a atitude e o compromisso. Estou mais do que triste. Futebol não é só sobre jogadores que pensam que têm mais qualidade do que outros. Os fundamentos do futebol são a atitude e centra-se muito nisso. Durante muitos anos tive receio dos meus pensamentos, dos meus sentimentos, mas nunca me senti culpado porque sempre os partilhei. Antes do jogo, alertei os meus jogadores para os riscos [que corriam] devido a uma má atitude, ao intervalo disse-lhes o risco que era, mesmo com o resultado 0-0, da forma como estávamos a jogar. E aconteceu. Acredito que os jogadores apenas se aperceberam que o jogo estava em risco quando eles marcaram o segundo golo e fomos para prolongamento."
O que falta para este ser um grupo de vencedores?
"Penso que não esperem que eu vá tão a fundo frente às câmeras. Nunca gostei do tipo de jogadores que dizem: 'Eu ganhei, eles perderam'. Para mim, é: 'Nós ganhámos, nós empatámos, nós perdemos'. E manter-me-ei assim. Estou desapontado com a diferença de atitude entre as duas equipas. Entristece-me que a minha equipa, à qual eu pertenço e estou incluído, seja a que não trouxe para o jogo os fundamentos do futebol e da vida, que são respeitar, acima de tudo, a nossa profissão e dar tudo."
"Dizer que estou triste não basta. Respeito totalmente tudo o que alguém ligado ou não ao clube diga sobre nós esta noite. Acho que temos que aceitar, o problema é se alguns aceitam de forma positiva, no sentido de se sentirem magoados ou envergonhados com as críticas. Outra história é se não te importas ou não sentes. Esse é um problema muito mais profundo e complicado. Não preciso de críticos externos. Sinto-me profundamente magoado com tudo o que aconteceu com a minha equipa."
"Não posso dizer tudo aquilo que eu queria..."
"Não posso dizer tudo aquilo que eu queria aqui, frente aos jornalistas, aos adeptos do Tottenham e aos amantes do futebol. Só posso pedir desculpa aos adeptos do Tottenham, apesar de alguns jogadores da minha equipa não partilharem o mesmo sentimento que eu. Contudo, espero que eles sintam. Hoje era um jogo de viver ou morrer e neste momento nós morremos. Em outras partidas também tive o mesmo sentimento. Até ao último dia da temporada temos de tentar fazer o nosso melhor", terminou.
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