À margem do Congresso do organismo que rege o futebol europeu
As 55 federações-membro e participantes no Congresso da UEFA condenaram esta terça-feira a criação da Superliga de futebol, considerando-a contrária ao "conceito do que é ser europeu", reiterando-se defensores da modalidade no continente, ao contrário dos "clubes conspiradores".
"A UEFA, as suas federações-membro e todos aqueles que amam o futebol estão firmes e irão resistir fortemente e lutar contra esta medida dos proprietários destes clubes e dos seus apoiantes, tanto quanto possível. Sabemos, moralmente, o que está em jogo e protegeremos o futebol de um grupo de egoístas que não se importa com o jogo. Somos o futebol europeu. Eles não são", lê-se na declaração do congresso do organismo que rege a modalidade na Europa.
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No passado domingo, AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham anunciaram a criação da Superliga europeia, à revelia de UEFA, federações nacionais e vários outros clubes.
Em resposta, esta terça-feira, após reunião, "as 55 federações-membro e participantes no Congresso da UEFA condenam" esta iniciativa.
"O Congresso da UEFA está fortemente convicto de que esta Superliga fechada vai contra o próprio conceito do que é ser europeu: unificado, aberto, solidário e baseado nos valores desportivos. A UEFA e as suas federações-membro acreditam num modelo verdadeiramente europeu que se baseia em competições abertas, na solidariedade e na redistribuição, de forma a garantir a sustentabilidade e o desenvolvimento do jogo para o benefício de todos e para a promoção dos valores europeus e mais-valias sociais", defende o organismo.
Na mesma declaração do Congresso da UEFA, as federações-membro denunciam o aproveitamento dos principais clubes de Inglaterra, Itália e Espanha, ao esquecerem o legado conquistado através das provas europeias.
"Os clubes conspiradores obviamente falharam ao verem que o seu status atual não foi alcançado isoladamente, mas sim como parte de um sistema europeu dinâmico onde clubes grandes, médios e pequenos contribuíram para o sucesso e perdas de todos. É uma afronta aos valores europeus e ao mérito desportivo para estes clubes assumirem o direito de se 'separar' e reivindicar o legado que todos construíram", rematou o Congresso da UEFA.
De acordo com o anúncio da criação da Superliga, a competição vai ser disputada por 20 clubes, 15 dos quais fundadores - apesar de só terem sido revelados 12 - e outros cinco, qualificados anualmente.
As equipas vão ser divididas em dois grupos de 10, com jogos em casa e fora, a meio da semana, avançando os três primeiros e o vencedor de um 'play-off' entre quarto e quinto classificados para os quartos de final, a duas mãos, seguindo-se a fase a eliminar até à final, a disputar em campo neutro.
A UEFA anunciou que vai excluir todos os clubes que integrem a Superliga, assegurando contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.
Entretanto, o organismo que rege o futebol europeu anunciou o alargamento da Liga dos Campeões de 32 para 36 clubes, a partir de 2024/25, numa liga única, com cinco jogos em casa e outros tantos fora.
Os oito primeiros avançam para os oitavos de final, enquanto as restantes vagas nesta fase a eliminar vão ser decididas em 'play-off' entre os nono e 24.º classificados.
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