Tribunal de Justiça da União Europeia pronunciou-se esta manhã
O Tribunal de Justiça da União Europeia deu esta quinta-feira razão à Superliga Europeia no diferendo que se mantinha com a UEFA e a FIFA desde que foi lançada por alguns dos maiores clubes do continente, em abril de 2021. No comunicado divulgado esta manhã, a UE acusa a UEFA e FIFA de "abuso de poder dominante" e considerou contrária à legislação europeia a decisão dos dois organismos de proibir jogadores e clubes de participarem em outras competições.
"As normas da FIFA e da UEFA que sujeitam qualquer projeto de nova competição de futebol de clubes a autorização prévia, como a Superliga, e que proíbem os clubes e os jugadores de participar nessas mesmas competições, sob pena de sanções, são ilegais. Isso deve-se ao facto das faculdades da FIFA e da UEFA não estarem sujeitas a nenhum critério que garanta o seu carácter transparente, objetivo, não discriminatório e proporcionado. As normas que atribuem à FIFA e à UEFA um controlo exclusivo sobre a exploração comercial dos direitos derivados destas competições podem restringir a competência, tendo em conta a importância que estes últimos têm para os meios de comunicação social, os consumidores e os telespectadores", pode ler-se no documento.
Relacionadas
Esta é uma decisão que não permite recurso e que deve ser aplicada pelo tribunal espanhol que está a apreciar o caso, em resposta à denúncia apresentada em abril de 2022 pelas empresas gestoras do projeto desportivo - A22 Sports Management e European Super League.
O que é a Superliga?
Trata-se de uma nova competição europeia, cujo formato foi anunciado a 18 de abril de 2021. É uma competição fechada, paralela às competições existentes, como a Liga dos Campeões e a Liga Europa.
A ideia era que os jogos fossem disputados durante a semana e todos os clubes continuassem a competir nos respetivos campeonatos, preservando assim o calendário tradicional. A temporada começaria em agosto com a participação dos clubes em dois grupos de dez, onde disputariam jogos de ida e volta; os três primeiros de cada grupo classificar-se-iam automaticamente para os quartos de final. As equipas que terminassem na quarta e quinta posição disputariam um playoff a duas mãos. Em seguida, seriam feitas eliminatórias a duas mãos a partir dos ‘quartos’ até à final, que seria um encontro único, no final de maio, em campo neutro.
A competição foi fundada por 12 clubes (AC Milan, Arsenal, Atlético Madrid, Chelsea, Barcelona, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham) aos quais se juntariam mais três. Além destes 15, outros cinco clubes integrariam anualmente a prova tendo por base o seu rendimento desportivo na época anterior, fechando assim o lote em 20.
Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, foi o mentor deste projeto e tinha o apoio de nomes como Andrea Agnelli, antigo líder da Juventus. (em atualização)
(em atualização)
Presidente da Associação dos Clubes Europeus garante que ainda não houve qualquer avanço formal
Competição, que ainda procura aprovação de UEFA e FIFA, passaria a ser designada Unify League
"Abusaram da sua posição dominante" e devem "cessar a sua conduta anticompetitiva" diz o tribunal
Presidente da UEFA considera que só querem "mais dinheiro"
Revelação caricata de Allan Nyom sobre o dianteiro colombiano
Bobo Baldé, que esteve na final da Taça UEFA de 2003, entre Celtic e FC Porto, terá sido atropelado e esmurrado por pais antes de ser levado pela polícia
Companhia aérea 'proibiu' música do defesa nos seus voos
Filho do extremo do Barcelona foi ignorado por mascote no parque de diversões parisiense