Pai de Enzo Fernández sai em defesa do avançado: «Em 2014 os alemães trataram-nos como ignorantes»

Em causa o vídeo de teor racista gravado pelo jogador no autocarro da Argentina depois da conquista da Copa América

• Foto: Reuters

O vídeo publicado por Enzo Fernández depois da conquista da Copa América pela Argentina, com os jogadores a entoarem cânticos racistas visando futebolistas da seleção francesa, continua a dar que falar. O Chelsea já abriu uma investigação e vários companheiros de equipa nos blues mostraram o seu desagrado pelo sucedido, mas pai de Enzo considera que há um grande exagero em nisto tudo.

"Eu sei quem é o meu filho, ele não é isso [racista]. É difícil um europeu entender o folclore do nosso futebol. Ele gravou aquele vivo num momento inoportuno, nem se deu conta do que se cantava", explicou Raúl Fernández num programa de televisão argentino.

Depois, recordou que os argentinos também já foram vítimas de situações semelhantes. "Em 2014, quando a Alemanha nos ganhou, imitaram os gaúchos a andar e trataram-nos como ignorantes. Em 2018 a França visou o Messi pela sua estatura. Nunca dissemos que estávamos a ser vítimas de descriminação."

Raúl Fernández espera, por isso, que tudo se resolva pelo melhor. "A Europa é mais sensível que nós aqui. Não somos um país racista nem estamos habituados a falar disso. Sim, é um assunto importante, mas o Enzo já pediu desculpa e explicou o que se passou. Não há muito mais a dizer. Conhecemos o Enzo e sabemos que nunca o faria com más intenções, foi um cântico que 'pegou' e é mais uma brincadeira do que outra coisa. O mais importante é que ele pediu desculpa, como devia."

Por Isabel Dantas
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