Os problemas de fartura nascem do meio-campo para a frente, com Sá Pinto e Sérgio Conceição a pedirem licença para se juntarem a Figo e Rui Costa. E depois ainda há João Vieira Pinto, Pauleta, Nuno Gomes e Capucho!
Ermelo - Depois do jogo com a Alemanha, em que pretendeu fazer descansar os titulares, Humberto Coelho arranjou algumas saudáveis dores de cabeça. À frente de todas... Sérgio Conceição. Fazer um “hat-trick” não é coisa de todos os dias, e muito menos numa competição deste gabarito face aos ainda campeões da Europa.
Por muito que o treinador privilegie a teoria de ter no “banco” jogadores capazes de entrarem e mudarem o rumo dos acontecimentos, é difícil continuar a limitar Sérgio Conceição a essa função que no basquetebol é aliciante - e até pode não significar menos tempo de jogo - mas que no futebol acaba por se tornar frustrante.
A lógica da competição manda agora que seja dada a oportunidade a Sérgio Conceição. Essa opção, contudo, partindo do princípio que Figo e Rui Costa são intocáveis, atira João Vieira Pinto “contra” Sá Pinto, já para não falar de Pauleta e Nuno Gomes. A única possibilidade de compatibilizar os dois Pintos da selecção, se Sérgio Conceição ascender a titular, poderia passar pelo recuo de Rui Costa ao lado de apenas um “trinco”, mas não é crível que, face a uma equipa tão aguerrida como é a da Turquia, Portugal decida arriscar tanto.
Na baliza estará, obviamente, Vítor Baía, apesar de Pedro Espinha ter provado merecer toda a confiança para alguma eventualidade.
Na defesa as coisas estão perfeitamente definidas se Abel Xavier, como parece, estiver regressado à boa forma física, até porque Rui Jorge não colocou em “xeque” a posição de Dimas e a dupla de centrais, pese a categoria crescente de Beto, está há muito definida pela experiência de Fernando Couto e Jorge Costa.
Na posição de “trinco” é de salientar a agradável surpresa chamada Costinha, muito esclarecido e personalizado e essencial na primeira parte com a Alemanha. Já Paulo Sousa pareceu ainda sem ritmo para esta fase da prova e, por isso, é natural que Paulo Bento continue a ser acompanhado pela vitalidade de Vidigal.
Os problemas de fartura nascem daí para a frente, com Sá Pinto e Sérgio Conceição a pedirem licença para se juntarem a Figo e Rui Costa. E depois ainda há João Vieira Pinto, Pauleta, Nuno Gomes e Capucho!
Quantos treinadores deste Europeu não gostariam de estar na pele de Humberto Coelho?
Terminada a primeira fase, o primeiro balanço à participação portuguesa neste Europeu não poderia ser mais positivo. Portugal ganhou os três jogos, fez o mesmo que Itália e Holanda. Só marcou menos golos que os companheiros de Kluivert na armada laranja. Tem apresentado uma equipa sólida, personalizada e com um talento individual ao alcance de poucos.
Todas as imagens mostram uma equipa de grande qualidade, com inúmeras soluções individuais, capaz de enfrentar todas as situações de jogo, das mais desfavoráveis (contra a Inglaterra), às mais incomuns e optimistas: não falhar a goleada à Alemanha, passando por um jogo disputado centímetro e centímetro com a velha conhecida Roménia.
Depois deste começo de prova, todas as ambições são legítimas. A equipa continua a merecer a confiança dos adeptos de futebol em Portugal. Está cada vez mais personalizada e aquilo que nestas colunas se escreveu aquando do início do Campeonato pode agora ser adaptado da seguinte maneira: nada será surpresa daqui para a frente, nem sequer Portugal sagrar-se campeão da Europa.
A Turquia é um adversário muito perigoso para os quartos-de-final. Apesar da valia da equipa, ainda não dá prestígio a quem que seja sair eliminado de uma prova destas à conta da garra de Hakan Suker e companhia. Além do mais, uma prova tão espectacular quanto aquela que os portugueses têm feito merece pelo menos a meia-final, na qual, então sim, se pode perder conservando intacto o prestígio.
A maior parte dos nossos jogadores conhece já o adversário e sabe qual o perigo a enfrentar. Todos estarão lembrados da combatividade turca e do que ela significou: a substituição ao intervalo de um homem de ataque (Folha) por um outro “trinco” (Tavares) para se poder discutir a posse do meio-campo e, a partir daí, ganhar o jogo.
É este o principal esforço a ser pedido aos jogadores: concentração absoluta. Se Portugal puser sobre o terreno de jogo um espírito guerreiro e forte, imagem de marca da Turquia, a valia técnica dos nossos melhores futebolistas, que têm deslumbrado todos os observadores, não deixará de fazer a diferença.
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