Portugal frente ao Iraque

MEIRA (3). Sendo notoriamente a defesa o "calcanhar de Aquiles" desta selecção, José Romão colocou Meira, que podia atenuar essa fragilidade... a médio defensivo. É verdade que Meira faz bem essa posição, a questão não é essa, mas sim a sua utilização no lugar em que a equipa mais está carenciada. Além de que Meira está muito mais rotinado como central... Não obstante, acabou por ser dos poucos que se salvou do "naufrágio", quer na neutralização de Nashat Hakram, quer a pôr alguma ordem no meio-campo. Foi sempre o médio mais esclarecido, que procurou sair a jogar e dinamizar a equipa para a movimentação ofensiva, muitas vezes sem soltar a bola no momento adequado porque não está rotinado com os companheiros. Aos 58'', safou golo certo ao dobrar os centrais, adiando o quarto golo

MOREIRA (2). Acusou algum nervosismo inicial, ainda defendeu o primeiro remate no lance do 1-0, mas pagou caro tanto desacerto do quarteto defensivo que tinha pela frente. Ao abrir a 2ª parte parou um perigoso remate cruzado que levava o "selo".

FRECHAUT (2). Sentiu dificuldades inesperadas face ao nº 11 iraquiano, Hawarb Mohammed, que o coíbiu de subir. Foi-se soltando aos poucos, mas incapaz de explorar o flanco e dar amplitude aos movimentos ofensivos. Foi dele o cruzamento para a cabeçada de Hugo Almeida à barra, aos 70'.

RICARDO COSTA (2). Talvez o menos mau da defesa. O que está longe de ser um elogio, porque a actuação da defesa bem podia ser baptizada com o nome de código da invasão norte-americada do Iraque: "Choque e Espanto".

BRUNO ALVES (1). Lento, faltoso, inseguro, desastrado no tempo de entrada aos lances. Deixou fugir Younis no 3º golo. Espantoso é que Romão o tenha conservado até ao fim e mandado Meira para o banho mais cedo...

JORGE RIBEIRO (1). Puxa! Aquele "seu" flanco foi uma pista de tartan para Emad Mohamed (para seu azar o melhor jogador iraquiano) acelerar. Foi um ver se te avias... Ofereceu o primeiro golo, foi batido no segundo e... enfim fiquemos por aqui. Há mais nove jogadores para analisar...

BOSINGWA (2). Entrou mal no jogo e nunca encontrou o espaço e o tempo de intervenção para ter uma acção influente. Lutou, foi generoso, tentou rematar de meia distância, até fez um bom golo, o segundo, e como não estava a ser dos piores, foi substituído por Raúl Meireles no início da 2ª parte.

HUGO VIANA (2). Mete pena ver um jogador da sua qualidade técnica e visão de jogo (como se viu nos passes a isolar Hugo Almeida na 1ª parte e Jorge Ribeiro na 2ª) passar quase ao lado do jogo. Nunca assumiu a batuta, por défice de mobilidade, de agressividade, de espírito de sacrifício e de articulação com os companheiros. Está na altura de arrepiar caminho e dar outro rumo à carreira.

CRISTIANO RONALDO (2). Agrediu Younis aos 14' e só ficou em campo por condescedência do árbitro. Primeiro sinal de algum descontrolo emocional, ao qual não será alheia polémica em torno da sua convocatória. Fez quase metade das faltas (cinco!) de Portugal na 1ª parte. Tentou quase sempre resolver individualmente os problemas da equipa, mas é difícil jogar quando se tem ao lado quem não entende a mesma linguagem.

BOA MORTE (1). Aos 39', em boa posição de golo, não chutou porquer estava enquadrado para a baliza com o pé direito. Não é admissível num atleta de alta competição. Fez a abertura para o golo de Hugo Almeida, mas também o disparate que lhe valeu a expulsão (Ronaldo fez bem pior e viu o amarelo). E se as coisas estavam feias... piores ficaram.

HUGO ALMEIDA (2). Fez um golo com sorte, falhou outro isolado frente ao guarda-redes, assinou cabeçada de grande execução à barra, desgastou a defesa iraquiana e desgastou-se sem proveito para a equipa.

RAUL MEIRELES (1). Rendeu Bonsingwa... e a equipa ficou a perder.

DANNY (1). Tentou imprimir alguma dinâmica ao ataque.

CARLOS MARTINS (-). Nem isso.

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