Viveu anos como objecto de culto, tesouro guardado a sete chaves no cofre-forte de uma cidade que ainda hoje o ama desesperadamente; que o venera como se fosse uma religião; que verteu lágrimas a sério quando o viu partir em busca da outra felicidade, a das vitórias que lhe faltam num currículo vazio de mais para o génio que possui. No momento da despedida, Florença prestou justiça ao percurso de sete anos de ouro, sabendo não ter uma única razão para o recriminar. Os fiorentinos não disseram “adeus”, disseram “obrigado”, que é a mais bonita palavra para expressar o reconhecimento quando alguém nos dá algo. Mais ainda quando esse algo foram inesquecíveis e eternas gotas de talento.
TOPO DO MUNDO
Há muito que Rui Costa não é apenas de Florença e Portugal, que a perfeição do seu jogo, o desportivismo, a gentileza do comportamento e a simplicidade do carácter o aproximaram da unanimidade. Sabemos hoje com a segurança das reacções em cadeia provocadas pela saída da Fiorentina, pelo interesse do Real Madrid, Lazio e Parma, por exemplo, que mesmo sem títulos a darem brilho à folha de serviços estava mais perto do topo do Mundo do que podíamos imaginar.
ROSTO PARA O SÉCULO XXI
Mas só agora aquele tesouro guardado no cofre-forte virou património mundial; só agora Rui Manuel César Costa, cidadão universal, um dos melhores jogadores da história do futebol, pode apresentar verdadeiramente a candidatura a todas as honrarias que merece, porque só agora está suportado por uma das maiores potências do Mundo, o todo-poderoso AC Milan que, por seu lado, não mandou dizer por ninguém que pretende o número 10 para o utilizar como rosto dos primeiros anos do século XXI.
AS PAREDES DE MILANELLO
Rui Costa já sabe, e disso nos deu conta na grande entrevista de balanço dos primeiros meses na nova casa, que o instinto não o traiu: fez a escolha certa. Definitivamente, o Milan está à sua altura. É uma grande instituição que movimenta milhões de adeptos em todos os cantos do planeta; um clube que se orgulha da sua história, como aliás está patente no centro de estágio de Milanello, em cujas paredes é perceptível o respeito por um passado feito de glórias; em suma, um clube com organização irrepreensível, dirigido com profissionalismo acima de qualquer suspeita.
TEMPO PERDIDO EM FLORENÇA
O tempo encarregar-se-á de o convencer, a ele Rui Costa, de que esteve tempo de mais num clube pequeno em demasia para a sua grandeza; que perdeu muito tempo onde deu mais do que recebeu, mesmo que, por enquanto, acredite sinceramente que paixão e dinheiro foram suficientes para retribuir o génio que lá deixou em sete anos. Tudo isto tendo em conta de que ao cabo de três meses a viver entre Milanello e S. Siro já percebeu que a Fiorentina está para Florença como o Milan está para o Mundo.
Parece milagre, uma coisa do outro Mundo. Quando ao princípio da tarde de 26 de Agosto, Rui Costa se viu na cama de um hospital, com o braço direito em mau estado e a mão à espera de intervenção cirúrgica, para além das dores uma ideia não parava de lhe atormentar o espírito: estaria definitivamente posta de lado a hipótese de jogar a 6 de Outubro o jogo decisivo da qualificação para o Mundial com a Estónia?
Os médicos não lhe disseram logo que sim, mas deixaram entender que era só fazer as contas à projecção segura de 40 dias de recuperação sobre a data do infortúnio que lhe bateu à porta na jornada de abertura do campeonato italiano com a camisola do Milan, em Bréscia.
Convenceu-se de que dificilmente estaria na festa. O tempo passou, a recuperação foi espectacular e o novo rei de S. Siro chegou ao estágio para a decisiva partida com três jogos efectuados, margem suficiente para estar em condições de ser opção certa para António Oliveira.
– Mas o que leva um jogador do grande Milan, com toda a responsabilidade que carrega sobre os ombros, a ter como primeira preocupação numa altura daquelas saber se vai estar ou não em condições de jogar pela selecção?
– Porque os jogadores, ao contrário do que muita gente pensa, ainda vivem o futebol com paixão, deixando para segundo plano o lado financeiro e empresarial, digamos assim. A selecção nacional é qualquer coisa de inexplicável para mim e creio que para todos quantos por lá passam. É sentimento, é sentido de representação de um país, é o cantinho onde matamos saudades dos tempos de infância, onde revemos amigos e pomos as conversas em dia. E é ao mesmo tempo sentido de responsabilidade pelas ilusões que criámos a todo um povo que nos adora e de nós espera vitórias e se possível uma grande conquista internacional.
– Consegue definir a origem dessa paixão?
– Começou, seguramente, na primeira vez que fui chamado às selecções das camadas jovens e talvez ganhe hoje outra dimensão global pelo facto de ser uma equipa formada maioritariamente por jogadores que actuam no estrangeiro. Isto da emigração tem que se lhe diga, mesmo para nós que somos uns privilegiados. Tenho hoje a certeza de que a distância física das nossas origens, da casa, da família, dos amigos, estimula sentimentos como a saudade e o orgulho de sermos portugueses.
Que seja uma festa
– O que espera do jogo com a Estónia?
– Espero que seja, acima de tudo, bom motivo para uma festa capaz de mexer com Portugal inteiro.
– Que significado atribui ao facto de a selecção estar a um pequeno passo de se qualificar para o Mundial?
– Em primeiro lugar sinto conforto, porque estamos agora, e finalmente, a justificar o título de geração de ouro – em nenhuma altura do futebol português o mesmo grupo de jogadores conseguiu jogar dois Europeus e um Mundial no espaço de seis anos. Depois é a confirmação de que o nosso valor individual tem repercussão em termos colectivos e que o 5º lugar do “ranking” da FIFA não é apenas estatístico mas corresponde à nossa força em comparação com os restantes adversários.
– Em que pé estão as vossas “contas” com a história do futebol português?
– Estão melhor, muito obrigado. Houve uma altura, sobretudo depois da eliminação do França-98, que me preocupei seriamente. Mas no balanço do Euro-96 e do que fizemos o ano passado no Euro-2000, acho que seremos de facto a geração de ouro se estivermos no Mundial-2002. Ainda não conseguimos uma grande vitória, é certo, mas nunca o futebol português esteve presente em tão pouco tempo em tantos palcos de elite. Defendo por isso que estamos, agora sim, a conquistar um lugar na história do futebol português, com um pecado assumido e devidamente lamentado de termos desperdiçado o Campeonato do Mundo de 1998.
Bater qualquer um
– E chegando à fase final do torneio da Coreia/Japão, o que poderá esperar-se da quinta selecção do “ranking”?
– Em que sentido? Pergunta-me se lá vamos para ganhar?
– Não estava a pensar em tanto, mas já que fala no assunto...
– Bom, eu sei que a selecção portuguesa num dia endiabrado, em que toda a gente esteja a jogar ao seu melhor nível, pode bater qualquer adversário. Sinto-o e tenho poucas dúvidas em relação ao que estou a dizer. Logo não é teoricamente impossível pensar que Portugal pode ganhar o Mundial. Mas convém aceitar as coisas como elas são e a realidade é que se nós vamos para um Mundial com a esperança legítima de vitória, como irão franceses, argentinos e brasileiros, por exemplo?
– O que lhe parece, então, ser um objectivo razoável?
– Partir para cada jogo com o objectivo de ganhar é sempre razoável. O que eu defendo é outra coisa: torna-se imperioso medir bem as coisas. A Holanda, uma das grandes potências do futebol actual, talvez ao mesmo nível que Portugal, está fora da corrida. Um Mundial não depende apenas de argumentos técnicos, tácticos e físicos. Há outros factores a ter em conta, dos quais até já nos sentimos vítimas, como foi o caso da meia-final do Europeu com a França, em Bruxelas, ou daquele jogo em Berlim, quando fui expulso pelo sr. Batta, quando ganhávamos por 1-0.
O peso da história
– Há um peso óbvio de representação ao mais alto nível quando chegam os momentos decisivos e os mais pequenos nunca saem beneficiados dessa correlação de forças...
– Isso é uma evidência. E existe ainda outro factor importante a reter: num caso como este é a própria história do futebol que nos faz pensar duas vezes. Nas anteriores edições do Mundial, ou ganha a selecção da casa ou um grupo de quatro do qual fazem parte Brasil, Alemanha, Itália e Ar- gentina. É por isso que reitero o que disse antes de partir para o Europeu: se formos ao Campeonato do Mundo, e eu espero sinceramente que sim, iremos para chegar o mais longe possível.
– Convenhamos que isso é um pouco vago...
– Houve até quem lhe chamasse cobardia, por revelar falta de ambição, o que me parece ser uma análise errada e injusta daquilo que disse. E a prova está em que jogámos a meia-final do Europeu, perdemos com a França daquela maneira, tínhamos um país orgulhoso de nós e não ficámos satisfeitos.
Tudo começou em S. Siro
– Se lhe pedisse para fazer um resumo da vida desta geração de ouro, por onde começaria?
– Começaria pelo jogo em S. Siro, a 17 de Novembro de 1993, quando perdemos com a Itália por 0-1 e ficámos afastados do Mundial dos Estados Unidos. A história começou aí. Um grupo de miúdos entre os 20 e os 22 anos, com pouca experiência internacional, saía do grande palco sob o olhar desconfiado de uma plateia entusiasmada, que nos fez a justiça de reconhecer capacidade acima da média.
– Sentiram raiva nessa altura?
– Não foi bem raiva, foi assim uma espécie de decepção para quem olha em frente e percebe que teria ainda muitas outras oportunidades de fazer vincar os seus argumentos.
– Se o Euro-96 soube a pouco, falhar o Mundial-98 já foi um golpe duro...
– Não foi “um” mas sim “o golpe”. Se falhar 1994 não foi preocupante, ficar de fora quatro anos depois já foi complicado. Esse é o nosso grande pecado, porque se tivéssemos garantido a presença na fase final de 1998 seria um percurso perfeito, sem erros. Foi uma pena, porque, a julgar até pelo que sucedeu na Holanda e na Bélgica o ano passado, teríamos grande apoio em França. Enfim, tratou-se de uma etapa falhada que serviu de travão à afirmação desta geração.
Basta chegar a S. Siro e perder alguns segundos olhando para a claque da curva: mais de uma dezena de bandeiras portuguesas e vários cartazes com o nome de Rui Costa são o primeiro sinal de uma relação apaixonada que teve início antes mesmo do desenlace. É que Rui sempre quis o Milan e o Milan há muito que queria Rui Costa.
Não admira, pois, que a felicidade esteja estampada no rosto de todos; que os adeptos cerquem a nova coqueluche; que para sair do estádio, como sucedeu frente ao Borisov, sejam precisos três guarda-costas para proteger o craque das investidas dos adeptos; que em Milanello todos se curvem à sua passagem. Rui Costa, por seu lado, continua a ser o mais amável de todos os grandes jogadores mundiais da actualidade. Chegou ao ponto mais alto da escalada e continua a ser o mesmo de sempre.
No primeiro balanço destes meses ao serviço do Milan, deixa claros sintomas de que continua a ser um homem feliz e esse é o mais sagrado de todos os bens:
– Estou muito contente. As coisas têm corrido bem, contabilizando até a grave lesão sofrida no primeiro jo- go do campeonato. Isto porque o primeiro impacto, que normalmente determina o resto da relação, foi óptimo. Posso até dizer que excedeu as minhas próprias expectativas. E o azar não teve qualquer influência negativa em todo este processo cujos primeiros passos já foram vencidos.
– Para alguém que viveu sete anos num clube mais pequeno, numa cidade mais pequena, o choque entre as duas realidades deve ter sido significativo...
– O Milan é um clube mais profissional e menos familiar, chamemos-lhe assim, que a Fiorentina. Mas também oferece melhores condições de trabalho e tem à nossa disposição uma gama de meios que servem para ultrapassar toda e qualquer dificuldade que surja no caminho. Nós somos reis aqui dentro, só precisamos de treinar e jogar.
Muito orgulhoso
– O seu caso é ainda mais flagrante, porque não é um jogador como os outros, é a grande estrela da companhia. Como tem reagido a esse envolvimento mais intenso?
– Quando fui contratado, mais que não fosse em função dos números envolvidos na transferência e da expectativa com que fui recebido, sabia que teria uma responsabilidade acrescida. Nada a que não esteja habituado, mesmo tendo em consideração a diferença entre Fiorentina e Milan. Por isso não me assustei, mais do que isso, estou muito orgulhoso com o papel que me atribuem no clube desde a primeira hora.
– O tratamento com os jogadores não é diferente daquele a que estava habituado?
– Essa foi uma das surpresas mais agradáveis que me esperavam aqui: o facto de ser um clube com uma grandeza imensa não leva os responsáveis a tratar os jogadores com frieza. Pelo contrário, acho que a comunicação é a ideal entre todas as partes, partindo do espaço físico notável para esse efeito que é o centro de estágio de Milanello. Vemo-nos aqui quase todos os dias, conversamos e não estou a mentir se disser que em certos casos até já construí algumas relações de amizade.
Um mundo à parte
– Se tivesse de qualificar esta etapa da sua carreira, o que diria?
– A primeira palavra que salta é felicidade. É um momento mágico da minha carreira, do qual me orgulho imenso. No fim de contas está em causa a possibilidade de ter a nível mundial a dimensão futebolística e o reconhecimento que a Fiorentina me proporcionou em Florença. Aqui é tudo muito maior, o que não me assusta, pelo contrário, motiva-me a trabalhar cada vez mais, para corresponder a tanta expectativa. Sempre desejei jogar numa das melhores equipas do Mundo. Agora que cá cheguei, espero estar à altura do desafio, como estive no Benfica e na Fiorentina.
– Que relação de importância se pode estabelecer entre um clube e outro?
– Já lhe disse que aqui é tudo muito maior: mais adeptos, mais pressão dos média, mais exigência a todos os níveis. Uma comparação possível é a de o Milan estar para o Mundo como a Fiorentina está para Florença; ser ídolo no Milan é ser conhecido em todos os cantos do planeta, ser ídolo na Fiorentina é algo mais recatado e que não se expande muito para lá de Florença.
"Não perdi sete anos"
A projecção de que, nas contas finais da sua carreira, Rui Costa perdeu sete anos ao serviço da Fiorentina, não é do agrado do jogador, que, por mais argumentação apresentada pelo jornalista, dali não saiu:
– Estou grato à Fiorentina e nunca na vida poderei concordar que perdi sete anos ao seu serviço. Pelo contrário, ganhei amizades e o respeito de uma cidade, jogando num clube que me permitiu abrir as portas de outro com dimensão maior. Por consequência esse raciocínio esbarra na contabilidade que eu próprio faço no deve e haver da conta corrente, digamos assim, que existe entre mim e a Fiorentina. Depois é preciso que as pessoas não se esqueçam de uma coisa: cheguei ao Milan como um dos melhores jogadores do campeonato italiano, já com muita experiência, de forma a resistir ao embate com este império que é o Milan. Se aqui chegasse vindo do Benfica, com 22 anos, sem o suporte de um nome e de uma carreira, até podia acontecer que fosse engolido pela máquina.
"Lamento profundamente que o estádio vá abaixo"
Nunca Rui Costa se pronunciou pública e claramente sobre o novo estádio da Luz. Nas entrelinhas deixou sinais de que lhe custaria ver a demolição da única catedral futebolística do futebol português, mas nunca desejou partilhar a sua opinião com os adeptos em geral. Agora que as obras com vista à construção do novo recinto encarnado são o anúncio formal de que a Luz de todas as glórias vai mesmo apagar-se, o jogador do Milan aceitou trocar algumas impressões sobre o assunto.
– Já pensou bem que o jogo com a Estónia poderá ser o último que vai jogar na Luz?
– Tantas, tantas, tantas vezes... E, por incrível que pareça, quanto mais penso que pode ser a última vez que jogo naquele estádio menos sei o que e como pensar. Aliás, assim que ouvi o início da sua questão comecei logo a arrepiar-me. Pelo que sei, em cada dez benfiquistas nove apoiam o novo estádio; pronto, agora eu sou um daqueles que, em dez, não aprova essa solução. Tenho esse direito.
– Está confundido com a opinião contrária esmagadora dos seus consócios?
– É o termo certo: confundido. Nada mais que isso. E fala alguém que passou ali treze anos, jogou ali mais de 500 jogos, que tem uma afinidade sentimental forte ao clube e ao local, que praticamente lá nasceu, cresceu e se fez homem. Mas não sou só eu a ter esta opinião. Todos os companheiros de selecção com quem tenho trocado impressões estão incomodados por ver desaparecer um recinto com aquela grandeza e com tanta história e significado para todos e cada um de nós.
– São argumentos económico-financeiros mais a aparente degradação do estádio que conduziram à pressão para que a resolução fosse esta...
— Sim, eu sei, mas continuo a pensar da mesma maneira: se me provarem que tinha mesmo de ser, resignar-me-ei à evidência. Mas mesmo que me provem que é a melhor opção, terei argumentos humanos e emotivos para levantar a última pergunta: e não há mesmo outra solução? Se assim for e ficar convencido, serei o primeiro a aplaudir, mesmo que prefira isolar-me num quarto no dia fatídico em que a velha Luz for demolida.
– Não é, portanto, uma opinião definitiva...
– Os laços sentimentais são definitivos, o resto, por uma questão de inteligência, terei de analisar em função do que me for explicado. Agora, lamento profundamente que o estádio vá abaixo. E não estou convencido, de forma alguma, de que essa seja a única solução. Mas se calhar sou eu que estou antiquado e errado...
Suíça, 1-Portugal, 1
31 de Março de 1993
“Foi a minha estreia na selecção nacional. De entre os componentes da chamada geração de ouro cumpri um percurso que se tornou habitual para mim: fui o último a chegar – o que pouco importa quando se chega bem, como foi sempre o meu caso. Tinha garantido a titularidade no Benfica há pouco tempo, pelo que este foi mais um passo decisivo para a carreira que me esperava.”
Portugal, 4-Malta, 0
19 de Junho de 1993
“À terceira internacionalização apontei o primeiro golo dos vinte que já fiz ao serviço da selecção, número interessante para quem, habitualmente, não costuma marcar muito. O jogo não foi exigente, a vitória foi fácil e já era esperada. Recordo-me ainda que o jogo foi disputado no Estádio do Bessa. Registo esta partida apenas por ter funcionado como a minha estreia a facturar na selecção.”
Portugal, 3-Rep. Irlanda, 0
15 de Outubro de 1995
“Uma noite inesquecível, que ditou a primeira qualificação deste grupo de jogadores para a fase final de uma grande prova, no caso o Euro-96. A atmosfera da Luz estava fantástica, fomos apoiados do primeiro ao último minuto e vencemos por 3-0, vitória iniciada num golo meu, dos mais bonitos que apontei, através de um remate de muito longe, em arco. Nunca esquecerei esta partida.”
Portugal, 3-Hungria, 0
9 de Outubro de 1999
“Uma partida que recordo, acima de tudo, por ter muitos pontos em comum com aquela que iremos fazer agora com a Estónia e por ter marcado um golo. Ninguém me leva a mal se projectar para o próximo sábado vitória e festa como fizemos nesse jogo com os húngaros. Depois de falharmos o Mundial de 1998, retomávamos o caminho do sucesso, na esperança de nunca mais nos desviarmos dele.
Portugal, 3-Inglaterra, 2
12 de Junho de 2000
“Não tenho presentes, assim de um momento para o outro, todos os jogos que efectuei em representação de Portugal, contando até com os escalões mais baixos, mas não andarei longe da verdade se disser que neste fiz a melhor exibição de sempre ao serviço da selecção. Desde miúdo que ouvia falar de um jogo épico no Mundial de 1966 com a Coreia, em que estivemos a perder por 0-3 e acabámos por ganhar 5-3, à custa de uma tarde inesquecível de Eusébio. Quando este jogo com os ingleses chegou ao fim, mais do que nunca na vida senti-me parte da história do futebol português.”
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