Primeiro-ministro da Eslováquia considera que o Itália-Alemanha foi uma farsa

O triunfo da seleção italiana, por 1-0, era o único que garantia a passagem das duas equipas às meias-finais da prova

• Foto: EPA

O primeiro-ministro da Eslováquia escreveu uma carta aberta ao presidente da UEFA, na qual questiona a forma como o seu país foi afastado das meias-finais do Campeonato da Europa de sub-21, que continua a decorrer na Polónia e do qual Portugal também já foi eliminado.

Robert Fico considera que o resultado do encontro entre Itália e Alemanha (1-0), o único que colocaria as duas equipas na fase seguinte da competição, foi "uma farsa" e compara-o mesmo ao da partida disputada por RFA e Áustria, no Mundial de 1982, em Espanha, que apurou as duas equipas, em detrimento da surpreendente Argélia.

"Os jovens talentos do futebol eslovaco fizeram tudo o que estava ao seu alcance, em termos desportivos, para atingirem a fase seguinte da competição. O que eles não estavam preparados era para a farsa realizada por jogadores de países futebolisticamente avançados", começou por escrever Robert Fico, tendo como alvo o presidente da UEFA, o esloveno Aleksander Ceferin.

"A situação resultante - prosseguiu Fico - lembra-me uma história antiga do futebol, quando, no Campeonato do Mundo de 1982, Alemanha e Áustria realizaram um espetáculo igulamente indigno diante dos adeptos deste lindo jogo, à custa da humilde Argélia."

Recorde-se que logo após a partida que determinou o afastamento da Eslováquia, Pavel Hapal, o selecionador daquele país do leste europeu fizera declarações que iam no mesmo sentido e que o homólogo italiano, Luigi di Biagio, considerou "ridículas", defendendo mesmo que o selecionador eslovaco deveria ser punido por proferir tais insinuações.

Carlo Tavecchio, presidente da Federação Italiana de Futebol, recebeu as palavras de Hapal "com indignação" e Horst Hrubesch, autor do golo no 'famigerado' RFA-Áustria e hoje diretor desportivo da federação alemã, tentou explicar a situação com argumentos... técnico-táticos. "É perfeitamente normal jogar com cautela nos últimos minutos", suatentou Hrubech.

Robert Fico é que não se mostra completamente convencido com os argumentos dos concorrentes e, além de exigir a Aleksander Ceferin uma investigação séria sobre o que sucedeu nos encontros de sábado, sugere-lhe que altere os regulamentos da competição, para que situações dúbias não se repitam no futuro.

""Acredito que a situação será investigada e que a UEFA apresentará novas regras no próximo torneio, que privilegiará o desempenho desportivo aos acordos injustos, desrespeitosos para os atletas, os adeptos e os países que representam", concluiu Robert Fico.

Por João Lopes
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