Eram 11.17 horas (15.17 horas em Portugal), quando tocou o telemóvel de Ben-Hur Marchiori, amigo de Luiz Felipe Scolari. De Lisboa, o seleccionador nacional pedia que acendesse as velas a Santo António, ritual estabelecido antes da vitória sobre a Rússia que não mais foi abandonado. Mas, ontem, o efeito não resultou.
Marchiori já estava na capela do Orfanato do Pão dos Pobres, acompanhado do Irmão Valério, que incentivou Felipão com algumas palavras de apoio. A reportagem de Record acompanhou a conversa e logo em seguida as homenagens prestadas a Santo António, seguidas de calorosas preces pelo êxito de Portugal na final diante da Grécia.
No diálogo com Irmão Valério, Felipão referiu estar à frente de uma estátua de Santo António, a rezar fervorosamente. Por isso, decidiu telefonar a Marchiori, pois sabia que encontraria o religioso com o amigo. "Santo António é português. É Santo António de Lisboa e não de Pádua, como querem os italianos", disse o Irmão ao treinador. "Ele estará convosco", assegurou-lhe, avançando em seguida: "Estamos a rezar por você, Felipão, porque você é um bom cristão, muito crente."
Depois, foi Ben-Hur Marchiori a falar com o seleccionador: "Estamos a fazer a nossa parte. Agora é tudo contigo", disse, vestindo a camisola de Portugal, a número 10 de Rui Costa. "Portugal vai ganhar por 1-0, golo de Cristiano Ronaldo", arriscou palpitar a Felipão. "Não esquece de trazer-me uma camisola da selecção", pediu o amigo. Infelizmente acertou no resultado, mas enganou-se na equipa campeã da Europa.
Amigos brincam com fama de forreta
Terminado o telefonema, o religioso e o amigo de Scolari contaram o teor da conversa: "O Felipão estava calmo. Sabe que atingiu o objectivo dele. Até o superou. Hoje, é um técnico reconhecido pelos seus méritos na Europa e não apenas no Brasil", comentou Ben-Hur Marchiori.
Depois, brincou com a fama de pão-duro (forreta) do seleccionador de Portugal: "Ligou-me duas vezes e sempre em ligações a cobrar", contou. "Vai ver, está a passar por dificuldades financeiras, mas um dia eu cobro essas ligações."
Contra-ataque grego
O chefe da Igreja Ortodoxa Grega, o arcebispo Christodoulos, pediu, após a missa de ontem, que Deus honrasse os gregos com uma vitória. E, como se viu, fez-lhe a vontade.
"Rezo para que sejam vitoriosos, pois será um grande sucesso para a unidade da Nação, do helenismo, mas também para a País relativamente aos Jogos Olímpicos, pois os olhos do Mundo vão estar postos na Grécia", afirmou. "Há a esperança que ganhem este terceiro jogo (depois da França e da República Checa)", declarou Christodoulos, acrescentando que viu "os gregos unidos, a juventude a abandonar a violência e, unida, a segurar a bandeira."
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