Sanjay Sharma, que trabalhou com o médio no Tottenham, admite um ponto final da carreira como jogador
Christian Eriksen chocou o mundo do futebol quando, no último sábado, caiu inanimado durante o Dinamarca-Finlândia. O médio dinamarquês foi sujeito a manobras de reanimação mas deixou o relvado já consciente e o seu estado de saúde tem evoluído favoravelmente. De resto, terça-feira o jogador de 29 anos deixou uma mensagem nas redes sociais a agradecer as mensagens de apoio recebidas e a garantir estar "bem, dentro das circunstâncias".
O pior parece mesmo já ter passado, mas agora a grande dúvida é: poderá Eriksen voltar aos relvados? Em entrevista ao 'As', o cardiologista Sanjay Sharma, que monitorizou Eriksen no Tottenham entre 2013 e 2020, abordou o futuro do médio e considerou ser muito difícil que existam condições para que a carreira como jogador possa prosseguir.
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"Todo o país e toda a Europa estão muito felizes e agradecidos por um jovem desportista de elite que tem tantas décadas de vida pela frente estar vivo e estar bem. Creio que o principal objetivo dos médicos, neste momento, é saber o que aconteceu e se há algo que possa ser retificado. Agora, caso possam retificá-lo, o pensamento seguinte deve ser: 'existe a possibilidade de este risco que ele tem e que causou tudo isto se mantenha?’", afirma o especialista, acrescentando que "é provável que os médicos estejam a aconselhá-lo a não competir." "O objetivo da medicina é preservar a qualidade e a quantidade de vida. Se algo assim aconteceu durante um exercício vigoroso e em futebol de alto nível, não vamos querer que se repita. Não quer dizer que a carreira dele no futebol esteja terminada. Pode ser treinador, embaixador, comentador ou até estar envolvido na seleção dinamarquesa. Há muitas coisas disponíveis para ele", acrescenta Sanjay Sharma.
O cardiologista refere ainda que "muitos países têm leis muito restritas para assegurar que situações deste tipo não voltam a suceder". "Provavelmente ele ainda está a assimilar tudo e ainda não se deu conta de como será daqui em diante. Mas sem dúvida que onde ele joga agora, no Inter Milão, será muito difícil continuar a jogar depois do que aconteceu", conclui.
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