Didier Deschamps continua a insistir que a presença nas meias-finais é mais importante do que a nota artística, mesmo que França ainda não tenha marcado de bola corrida na competição - beneficiaram de dois autogolos e de um penálti convertido por Mbappé. "O Euro é uma competição difícil e as críticas não são importantes para mim", defende.

Mbappé, de quem se esperava muito mais no torneio, é o outro assunto dominante. Deschamps reconhece que a condição física do avançado não é melhor, adotando a mesma postura defensiva. "Ele podia ter deixado o torneio! Não foi só a fratura no nariz. É a máscara que lhe dificulta a visão, foram os problemas nas costas [na preparação], foi tudo o que se passou no final da época. No último jogo fez 110 minutos e sofreu no prolongamento, não faz sentido mantê-lo em campo se não se sente bem. Fizemos tudo para recuperar e tenho a certeza de que amanhã [hoje], como o resto do grupo, vai dar o máximo", sublinha o técnico.

Nem tudo são críticas. Na defesa, França tem sido irrepreensível e chega às ‘meias’ com apenas um golo sofrido - com exceção ao desempate por penáltis ante Portugal. O guardião Mike Maignan recebe os créditos. "É muito bom entre os postes, a sair e com os pés. Está a um nível altíssimo", destaca Deschamps.

Alertado para Rodri e companhia

Deschamps não tem dúvidas sobre a qualidade da seleção espanhola e identifica as áreas onde espera encontrar mais dificuldades. "Aqueles três do meio... A forma como conseguem controlar o jogo é impressionante. Sobretudo com o Rodri, que é uma peça essencial. Mesmo sem o Pedri, têm o Olmo [Fábian Ruiz completa o trio]. Não há dúvida de que são a equipa mais dominadora e que melhor impressão deixa", destaca.

Também não esquece os virtuosos Lamine Yamal e Nico Williams, jovens que têm encantado no Europeu: "Dão verticalidade e qualidade extra".