Inquiridos mais de 400 apostadores sobre as suas tendências de jogo
O Campeonato da Europa está aí e, como tal, os apostadores começam a escolher quais os melhores jogos para apostar. No entanto, será que com a pausa dos jogos de clubes e o início das competições de Seleções, existe uma quebra no número de apostas? Para responder a esta questão, a Betano desenvolveu um estudo em parceria com a Consumer Choice e chegaram a algumas conclusões. Em conversa com Record, José Almeida, Marketing Manager da Betano Portugal, explicou as principais ilações a retirar desta investigação.
"O estudo foi feito com a recolha de dados entre fevereiro e março deste ano, com cerca de 465 entrevistados e, basicamente, aquilo que tentámos perceber foi as diferenças, se é que existiam, entre a preferência por clubes de futebol versus seleções e se essas preferências também se refletiam naquilo que eram as opções de apostas dos inquiridos", começou por elucidar o José Almeida, frisando: "A principal conclusão, na verdade, é que existe um grande equilíbrio entre os clubes e seleção, mas que, de facto, existe uma preferência pelos clubes. 56 por cento dos apostadores preferem os clubes versus 44 por cento a seleção. Há várias razões que justificam esta diferença, sendo que uma delas eu acho que é perfeitamente compreensível e tem a ver com o próprio timing do estudo. Portanto, ali em fevereiro e março não há nenhuma grande competição de seleções, mas qualquer adepto de futebol, independentemente do clube que apoia, tem esperanças do seu clube ganhar uma competição, seja um campeonato ou uma competição europeia, não só isso, como também a própria frequência com que jogam. Nós temos aqueles períodos de interregno dos campeonatos para jogarem as seleções, mas depois os clubes jogam praticamente todas as semanas. A grande diferença, além desta mais prática, vamos dizê-lo desta forma, está mesmo na questão emocional. O estudo que nos mostra é que 58% fica mais feliz com a vitória dos clubes versus 42% que fica mais feliz com a vitória da seleção. Mas isso também tem muito que ver com a forma como a vitória dos clubes versus a vitória da seleção é percebida. A vitória dos clubes é vista como uma vitória quase pessoal e funciona muito como uma expressão de identidade. A relação do adepto de futebol com a seleção está mais ligada a sentimentos de patriotismo, identificação social, etc. E portanto, acima de tudo, e isto é, no meu entender, a principal conclusão do estudo, é que independentemente de se apostar e seguir clubes ou seleções, aquilo que nós vemos é que existe um vínculo emocional muito, muito relevante entre os adeptos e os clubes ou as seleções. E é também essa a razão pela qual nós, como marca, acabamos também por patrocinar os clubes, os clubes de futebol, e não estou a referir-me só a Portugal, estou a referir-me ao mundo inteiro, mas também competições de seleções, como é o caso do Euro e da Copa América."
O facto de entrarmos agora num período sem jogos de clubes e em que vai começar o período de ação das seleções, o especialista revela que não existe uma quebra no mercado, apesar desta mudança.
"Quando nós tivemos um exemplo até um pouco inusitado, que foi termos uma competição internacional de clubes pela primeira vez a decorrer durante o inverno [Mundial’2022], e foi para nós, como marca, um momento de grande crescimento. É natural que haja apostadores que não apostam na Seleção. Mas aquilo que o estudo nos mostrou foi que há apenas 7 % dos apostadores que apenas apostam na seleção, a maior parte apostam no clube e na seleção, e, portanto, não se nota essa quebra nos volumes de negócio", confidenciou.
Um outro tema sempre muito abordado entre os apostadores é a questão de apostar no clube de coração. Os gurus da temática dizem que para obter lucro é proibido apostar nos clubes que apoiam. E nas casas de apostas, também se sente essa proibição?
"Não. Isso efetivamente não fez parte do estudo, não era nenhuma das questões. Efetivamente, é uma recomendação que é feita aos apostadores, mas uma recomendação pelos apostadores profissionais é de que tentem excluir o clube que apoiam das suas opções de apostas. Isto para que tornem a aposta tão racional quanto possível, retirando o lado emocional. Mas eu diria que é quase inevitável que nós, como apostadores, acabemos por apostar no clube que apoiamos.", sublinhou José Almeida.
Só falta um para fazer o hat trick
Os patrocínios ligados a casas de apostas são cada vez mais uma realidade no futebol atual. Desde o maior clube do mundo, até a emblemas mais modestos, basta andar um pouco atento para já ter reparado no nome de uma casa de apostas na camisola de um clube de futebol, se calhar até aquele que é o seu cube de coração.
Em Portugal, a Betano é a patrocinadora oficial das camisolas de Sporting e FC Porto, faltando apenas o Benfica para fazer 'bingo' nos três grandes de Portugal, apesar de estar presenta na camisola dos encarnados mas numa das mangas.
"Entendemos estas parcerias que estabelecemos, e agora estou a referir-me apenas aos clubes que apoiamos em Portugal, o Benfica, Sporting e Porto, como uma forma de estabelecermos uma relação com os adeptos de cada um desses clubes. E isso é o principal objetivo, portanto, é muito além daquilo que são as normais contrapartidas de visibilidade para a marca, que são bastante benéficas, sem dúvida, mas o nosso principal objetivo é conseguirmos estabelecer uma relação emocional com os adeptos de cada um desses clubes. Temos feito um trabalho muito interessante nessa área, somos um patrocinador muito ativo em qualquer um dos clubes que apoiamos, e acho que isso acaba por se repetir, não só no interesse que os adeptos de cada um desses clubes têm na marca, e em última análise, depois também no crescimento do nosso próprio volume de negócios", afirmou o Marketing Manager da Betano Portugal, deixando bem claro: "O Benfica tem um acordo de patrocínio celebrado com o Fly Emirates e a nós só nos cabe de respeitar aquilo que são as opções do clube. Estamos muito satisfeitos com a presença que temos nos três clubes, somos uma empresa ambiciosa, mas respeitamos claramente as opções de cada um dos clubes. Nós estamos no Benfica, estamos é na manga. Ainda não estamos na parte da frente da camisola, mas somos um dos principais patrocinadores do Benfica."
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