Seleção balcânica deteta jogadores com raízes albanesas nos quatro cantos do mundo
A Albânia é uma das sensações da fase de qualificação para o Europeu'2024, já que num grupo com Rep. Checa e Polónia consegue estar a liderar quando apenas faltam disputar duas jornadas. O apuramento ainda não está garantido, mas muito bem encaminhado e tudo se deve (também) a um algoritmo que foi colocado a 'funcionar' nos últimos anos. A ideia é clara: identificar nos quatro cantos do mundo todos os jogadores que podem jogar pela seleção albanesa. Basta terem algum tipo de ligação familiar ao país e, claro, nível para lá jogar.
Tudo começou quando, em 2017, Ivan Balliu abriu uma espécie de caixa de pandora. Natural de Caldes de Malavella, na Catalunha, o antigo jogador do Arouca não tem grandes ligações aparentes ao país balcânico, mas o facto de ter uma avó albanesa abriu-lhe as portas do futebol internacional e também permitiu à Albânia encontrar uma nova fórmula de deteção de talento. Muito por conta também pelo facto do próprio país ter uma forte presença noutras paragens, por força da emigração das últimas décadas. Isso faz com que, por exemplo olhando à seleção atual, haja 14 jogadores que não nasceram no país. Grécia, Alemanha, Suíça ou Macedónia são algumas das origens.
O grande responsável por tudo isso é o italiano Alarico Rossi, que desenvolveu o tal algoritmo e explicou-o ao jornal 'AS'. "Na Albânia tínhamos uma equipa que vinha de jogar o primeiro Europeu. Chegámos em 2017, um ano depois desse torneio. Não encontrámos uma boa situação, porque a equipa era velha. Tínhamos que construir uma equipa. Não era tanto o trabalho de fazer a lista, mas antes encontrar os jogadores que servissem. O presidente queria encontrar jogadores em todo o mundo que pudessem jogar pela Albânia. O primeiro foi o Ivan Baillu. É catalão puro. Foi o primeiro caso encontrado. Ele foi o motivo pelo qual arrancámos este sistema. Ele tem o apelido albanês. A lei na Albânia permite que tenhas o passaporte ao ter uma ligação familiar", explicou, antes de falar em concreto do seu trabalho.
"O sistema não é complicado. Na primeira fase todos os dados estão ligados com a ideia de que podem jogar pela Albânia. Todas as seleções deviam ter acesso a todos os minutos dos selecionáveis. Em todo o mundo. Isso não acontece e é um problema. Porquê? A maioria dos jogadores não trabalham com mais de 50 jogadores. A força do algoritmo e Da base de dados é que todos os jogadores que podem jogar estão dentro. Depois, há a seleção por parte do selecionador, que entenderá se têm ou não nível para jogar. Temos a lista preparada para o selecionador. O sistema não seleciona os jogadores, porque esse é o trabalho do selecionador. É ele quem os escolhe, mas o sistema ajuda e permite-lhe não perder tempo a procurar. Se precisar de um canhoto que jogue pelo lado direito e nós podemos apresentar a lista para ele escolher".
A Albânia, refira-se, joga esta noite diante da Moldávia, necessitando nesse encontro de vencer para carimbar o apuramento ou, então, empatar e esperar que a Polónia não triunfe diante da Rep. Checa.
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