Fernando Santos: «Estou aqui desde 2014 e nunca senti clubes cá dentro»

• Foto: Lusa

Fernando Santos fez esta quarta-feira a antevisão do jogo de amanhã (19h45) com a Espanha, na primeira jornada do Grupo 2 da Liga das Nações.

Teve alguma conversa com Otávio a propósito dos cânticos insultuosos relativamente ao Benfica na festa do FC Porto?

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"Primeiro quero dar os parabéns a todos os que venceram competições. Já o fiz pessoalmente a muitos. Deixar os votos de parabéns e a satisfação por aqueles que nos últimos dias, ganharam nas várias modalidades, individual e colectivamente, mas também no futebol. Na Roma, com o Rui e o Sérgio, e com Mourinho, o único que conquistou três provas internacionais. O futebol português é cada vez mais reconhecido por todos. 

"Relativamente à pertunta, como o João Moutinho disse, nunca tive aqui, desde 2014, um momento em que sentisse clubes cá dentro. O ambiente é este e é o que vai continuar a ser."

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Importância da Liga das Nações

"Na primeira havia muita gente a desvalorizar e na segunda caiu o Carmo e a Trindade por não irmos à fase final. O nosso objetivo é sempre vencer. Não há aqui preparação para o Mundial. Há uma competição que queremos vencer. Esta fase de grupos é extremamente difícil. Duas das melhores seleções do Mundo, uma terceira, que é a Suíça, que tem feito sempre boas campanhas. Esta prova é muito importante para nós."

Jogadores que chegaram mais tarde

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"Procurei dar quatro dias a cada um. O Rui Patrício jogou dia 26, chegou dia 30. O Jota jogou dia 28 e chegou aqui ontem. É importante gerir tudo isto. O Pepe também foi outro caso. Compete ao selecionador gerir isto. O Jota apareceu muito bem, não ganhou a Champions mas ganhou a Taça da Liga e a Taça de Inglaterra.

O Ronaldo numa frase: Melhor do Mundo."

Pontos fortes da Espanha. A posse de bola é o que mais preocupa?

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"Acho que não é a posse de bola o mais forte, mas sim a capacidade que têm de a recuperar. Estes treinadores, da escola do Barcelona, têm presente a capacidade que têm de recuperar bola. Sempre foi uma grande arma do Barcelona, da seleção espanhola e do City. Capacidade de jogar com bola, recuperá-la logo e jogar. Não queremos perdê-la para eles a terem menos. Mas o futebol é o jogo dos golos. Podes ter 70% de posse, mas se não chegas à baliza, não fazes golo. A Espanha joga em posse objetiva, procura soluções e empurra adversário para trás. O João Moutinho disse que também muitas vezes explora a profundidade. Foi isso que trabalhei com os jogadores. São duas equipas tremendas, ambas querem ganhar. Vamos colocar em campo as nossas qualidades e características."

Calendário

"Acho claramente exagerado. Até vocês jornalistas, falam sobre isto. Quatro jogos em dez dias nem durante a época... Em 12 dias já vi, mas em 10 nunca vi. A época foi altamente desgastante, jogadores chegaram há poucos dias, vamos jogar amanhã, depois 3 dias…. Se as 72 horas em certa altura da época já não chegam, no fim é quase impraticável. Os jogadores estão bem, com alegria e motivação, mas olhamos e vemos que há ali algumas dificuldades. Num treino com mais de 60 minutos sentimos que já abanam um bocadinho. Temos de ter esse cuidado, eu e meus colegas, principalmente os jogaram até há meia dúzia de dias. Isso obriga a rotação clara nestes jogos. É impossível jogar o mesmo 'onze' em 4 jogos, nem pensar."

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Lançar Rafael Leão em Sevilha, face à recente chegada do Diogo Jota?

"Não há boa desculpa nem bom motivo. Aqui não há lugares cativos. O selecionador coloca os que acha serem melhores. Vamos ter quatro jogos, fazer rotação. Alguns vão ficar de fora, alguns ficam já. O Vitinha já está, agora vou escolher mais 2. Depois vê-se quais estão melhores e ver o jogo a seguir."

Continuidade

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"O que queremos é dar continuidade ao que fizemos nos últimos jogos. Padrão e forma de jogar é o que vamos procurar manter. Não haverá grandes mudanças. Uma ou duas em relação à equipa dos últimos jogos com a Turquia e a Macedónia. O que vou procurar é que a equipa mantenha o padrão, fazendo alterações de jogo para jogo. Não tanto a questão dos jogadores, do ritmo... Queremos consolidar nesta Liga das Nações, que queremos ganhar, o nosso padrão de jogo, que acho que devemos consolidar de forma clara."

Por André Antunes Pereira
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