Pressão a subir para Löw

• Foto: Reuters

A derrota por 3-0 em Amesterdão, diante da renascida Holanda, fez soar os alarmes na Alemanha. Desde 2007 que a mannschaft não perdia por números tão expressivos e nos últimos 12 jogos, a formação orientada por Löw só obteve três vitórias, situação que levou a crítica imprensa alemã a recuar até 1979: desde esse ano que o registo não era tão negativo, pois também com Helmut Schön e Jupp Derwall a Alemanha só cantou vitória em três de 12 partidas entre abril de 1978 e fevereiro de 1979. Foram precisos 38 anos para começar nova série terrível: tudo começou a 10 de novembro de 2017, com um nulo em Inglaterra.

Daí para cá, a Alemanha empatou mais três vezes, ganhou outras tantas e perdeu cinco, duas delas no Mundial’2018 em que caiu na fase de grupos e assim não esteve à altura do estatuto de campeão do Mundo com que chegou à Rússia. Mas quando se esperava uma reação forte na Liga das Nações, a Alemanha chega à 3ª jornada sem golos marcados – é uma de apenas quatro equipas que ainda não marcaram, a par de Islândia, Croácia e... São Marino –e está obrigada a vencer amanhã a França para evitar a saída de Löw.

O lugar do selecionador já é fortemente questionado por figuras importantes do futebol alemão. "Tal como muitos outros, estou surpreendido por Löw manter o cargo. Está há bastante tempo lá e já devia ter percebido que a equipa já não funciona com ele", disse Ballack, ex-internacional alemão, antes da partida na Holanda. Já o antigo guardião Oliver Khan respondeu a Ballack e defendeu Löw: "Não acho que as palavras dele ajudem. É muito fácil falar e criticar após uma derrota. A perspetiva daqui em diante é muito importante mas quem foi campeão do Mundo deve responder."

Pior ano civil de sempre?

Quatro anos após sagrar-se campeã do Mundo, a Alemanha precisa de evitar a derrota em Paris para não estabelecer novo recorde de derrotas num ano civil: soma 5 em 2018, tantas como em 1985. Caso perca com a França, Löw vê a vida piorar: a Alemanha corre o risco de descer de divisão na Liga das Nações e o selecionador verá o seu lugar ainda mais ameaçado. "Há um debate sobre o meu lugar, mas temos de saber lidar com isso. É normal", considerou o treinador alemão, após o desaire na Holanda.

Por Hugo Neves
Deixe o seu comentário
Newsletters RecordReceba gratuitamente no seu email a Newsletter Geral ver exemplo
Ultimas de Liga das Nações
Notícias
Notícias Mais Vistas