Portugal empatou esta segunda-feira com a Croácia (1-1) na 6.ª e última jornada da fase de grupos da Liga das Nações, num encontro em que a equipa das quinas entrava já apurada para a próxima fase da competição, ao contrário dos croatas.

Em declarações no final da partida, Roberto Martínez não escondeu o orgulho nos seus jogadores pelo desempenho que tiveram frente a um bom adversário e depois de terem sido feitas sete alterações em relação ao último onze inicial.

"Sinto-me muito orgulhoso, no futebol é muito difícil fazer sete mudanças no onze inicial e manter a ideia da equipa e executar o que nós trabalhamos. Mas estou muito orgulhoso. A primeira parte é suficiente para ganharmos o jogo, difícil para a Croácia reagir, mas na segunda parte tiveram 10-15 minutos muito fortes e nós não tivemos o mesmo controlo que tivemos na primeira parte. Tivemos mais uma oportunidade por Nuno Mendes, mas foi um jogo entre as duas áreas. Mais três estreias pela Seleção. Momento para mostrar a formação do futebol português. Abrimos a porta da competitividade na Seleção, terminamos esta fase sem derrotas e estamos muito orgulhosos", começou por dizer o selecionador nacional, em declarações na RTP3.

As respostas positivas dos jogadores que fizeram as estreias

"Nós, treinadores, gostamos de complicar a nossa vida. O Renato Veiga tem três jogos pela Seleção e joga com uma personalidade incrível. O Tomás Araújo também fez a estreia hoje e mostrou o futuro e o presente que ele tem, o próprio Fábio Silva. O João Félix também mostrou muita personalidade. O nosso critério nesta Liga das Nações era abrir a competitividade e todos eles mostraram que podem ser opções."

Quais as notas que tira para o futuro?

"Notas positivas para o futuro. A posição do João Félix ajudou-o muito hoje. É um jogador muito inteligente. Tivemos uma situação com o Diogo Costa, o José Sá entrou e deu uma boa resposta."

Adversários preferidos para os quartos de final?

"O objetivo é ganhar. Para ganhar, precisamos de jogar contra todos e contra os melhores. É importante que todos os jogadores que estejam lesionados possam voltar, como o Gonçalo Ramos. Mas o importante é olharmos para dentro e vermos o que podemos fazer. Quanto ao adversário, venha o que tiver de ser."

Em declarações à Sport TV

Análise ao jogo

"Muito orgulhoso porque tivemos de fazer sete mudanças no onze inicial e isso só mostra o profissionalismo, o foco e o ambiente que temos no balneário. Fomos muito competitivos. Gostei muito da primeira parte, mas também da segunda. Não controlamos a segunda parte como controlámos a primeira. Lembro-me de uma ocasião muito clara do Nuno Mendes na segunda parte. É um jogo onde eu sinto-me muito orgulhoso. O grupo acrescentou e estamos entusiasmados para o sorteio de segunda-feira."

O ataque móvel utilizado hoje

"É importante ajustarmos e sempre flexíveis. A primeira parte foi muito muito boa, a Croácia não conseguia parar o nosso jogo e as nossas possibilidades. Se tivéssemos conseguido o segundo golo na primeira parte talvez o resultado tivesse sido diferente. Mas gostei muito da forma como reagimos depois do golo sofrido."

Quenda não chegou a fazer a estreia. Porquê?

"O jogo não permitiu a sua estreia. É um estágio que não queremos arriscar com ninguém. O Nuno Mendes sentiu o tornozelo, então não tivemos a oportunidade de utilizar a quarta e a quinta substituições. O Quenda pode ajudar muito a Seleção."

Algum adversário preferido para os quartos?

"Estamos focados em avaliar e rever os nossos jogos para termos muita informação. A próxima lista vai ser muito difícil. Temos de olhar para dentro, para o nosso balneário e continuar a melhorar o nosso nível", terminou.