Ronaldo já disse que quer evitar França no playoff por diversas razões e Ribéry será certamente uma delas. Aliás, Paul Pogba, “agarra-se” à influência do compatriota para desvalorizar um eventual confronto com a Seleção Nacional. “Portugal tem Cristiano Ronaldo, mas nós temos Franck Ribéry”, avisou o médio da Juventus. E o elogio justifica-se.

Aos 30 anos, Ribéry vive a melhor fase da carreira. O médio do Bayern – autor de um golo fantástico na vitória (3-0) de França sobre a Finlândia – conquistou a 29 de agosto o título de melhor jogador da UEFA em 2012/2013, superando nomes como Messi e... Cristiano Ronaldo.

No dia seguinte, marcou um golo no jogo que garantiu ao Bayern a conquista da Supertaça Europeia, diante do Chelsea de Mourinho. A cereja no topo do bolo, após uma época em ganhou tudo: Supertaça alemã, Bundesliga, Taça e Champions. Falta-lhe conquistar a Bola de Ouro e o Mundo.

Mas até à glória fez o caminho das pedras. Com apenas dois anos, sofreu um acidente de carro com os pais que lhe deixou as cicatrizes que ainda carrega no rosto e que lhe valeram a alcunha de “Scarface”, título do famoso filme protagonizado por Al Pacino e que foi lançado no mesmo ano do nascimento de Ribéry (1983). O craque francês nunca quis fazer uma cirurgia para remover as cicatrizes, pois, como revelou, ajudaram-lhe “a formar o carácter”.

A iniciação no futebol deu-se no Boulogne, equipa da sua cidade natal. Seguiu-se Ales, Brest, Metz e Galatasaray, antes de chegar ao Marselha, onde foi considerado uma promessa do futebol mundial e conseguiu a primeira chamada à seleção francesa. Em 2007, Ribéry transferiu-se para o poderoso Bayern, o seu clube atual, por 25 milhões de euros, valor recorde na altura. E foi em Munique que chegou a consagração: 11 títulos, incluindo uma Champions.

Na seleção, lidera um ataque de respeito, com craques como Nasri ou Benzema. Aliás, o avançado do Real já prometeu falar com Ronaldo sobre o playoff e atirou: “vai aquecer.”

Suecos vivem da magia de Ibracadabra

Em Paris, há um restaurante que tem hambúrguer denominado “Le Zlatan”, feito com 600 gramas de carne picada, bacon, cebola e três tipos de queijo. Uma verdadeira bomba calórica, porque, segundo o proprietário, Ibrahimovic é um avançado complicado de diferir. Que o diga o Benfica, vítima de dois golos do avançado do PSG, no desafio da Champions. A seleção também vive da magia de Ibracadabra, segundo máximo goleador sueco, com 46 golos, menos 3 do que Sven Rydell.

“A Suécia tem um dos melhores jogadores do Mundo, o Zlatan Ibrahimovic, que pode causar muitos problemas e danos aos portugueses”, avisou Soderstrom, em declarações à Antena. O antigo médio do V. Guimarães, FC Porto e Sp Braga revelou que a vontade dos suecos é encontrar outra seleção. “Querem jogar contra a Islândia. Entrevistaram várias pessoas e perguntaram qual seria o pior adversário. Quase toda a gente disse Portugal.” Ainda assim, o saldo com a Seleção Nacional é favorável aos nórdicos: em 15 jogos, ganharam 6 e só perderam 3.

Surpresa vinda do frio

AIslândia está a 180 minutos de tornar-se no país mais pequeno (320 mil habitantes) a participar num Mundial. A seleção de de Lars Lagerback está em processo de renovação e surpreendeu muita gente ao terminar o grupo à frente da Eslovénia e Noruega. Com dois jogadores do Belenenses no plantel, Helgi Danielsson e Eggert Jonsson, as figuras de destaque são Kolbeinn Sigthórsson, o avançado do Ajax, e Gylfi Sigurdsson, médio do Tottenham.

Em duas partidas frente a Portugal, a Islândia perdeu sempre. A última vez foi em 2011, quando a Seleção venceu por 5-3.

Marica acreditou sempre

A Roménia, que não está presente num Mundial desde 1998, está apostada em regressar à maior competição de seleções do planeta. Para ainda estar a sonhar com uma viagem ao Brasil, a seleção de Victor Piturca muito deve a Ciprian Marica, avançado do Getafe que revelou-se decisivo ao apontar cinco golos na qualificação.

Com um grupo de jogadores que atuam maioritariamente no país, o central Chiriches do Tottenham oferece alguma consistência defensiva. Quanto ao histórico com Portugal, os romenos somam 4 vitórias e 5 derrotas em 11 confrontos.