William Carvalho deve ser titular?
SIM
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Um miúdo (22 anos) que mostra em campo a frieza de um veterano pode ser a chave para estabilizar o jogo de Portugal num momento de dificuldade, que irá trazer alguma tensão. Percebeu-se frente à Alemanha que há menos João Moutinho do que é habitual. E, por isso, a entrada de William no onze teria dupla função: garantia mais segurança em posse (como missão prioritária), mas também aumentava a eficácia da transição defensiva – onde Moutinho já foi muito mais forte do que é hoje. Na primeira fase de construção, William é rápido a pensar e a executar. Raramente faz um passe que coloque em risco a equipa nessa zona. Passa e coloca-se em posição de receção. Como bem sabemos, quando as equipas estão sob pressão, a bola “queima” e nesses momentos o melhor é dá-la a quem não se importa de a ter. Como ele, por exemplo. A questão física, por fim, também aconselha a aposta no jovem leão frente aos “robustos” norte-americanos.
NUNO FARINHA, Editor
NÃO
Num momento difícil, em que a Seleção precisa de reagir à adversidade, chamar o jovem futebolista seria fazer dele uma espécie de salvador, o remédio para todos os males. Isso seria colocar toda a pressão nos seus ombros, numa altura em que a equipa de Paulo Bento está sobre brasas. Até admito que a capacidade física de William Carvalho pode dar consistência ao meio-campo, mas apostaria na experiência de Miguel Veloso, mesmo sabendo que o futebolista do Dínamo Kiev foi sacrificado quando Bento teve de fazer as necessárias correções após a expulsão de Pepe. Está mais identificado com as ideias do selecionador – importa ter presente que participou em todos os jogos de qualificação –, está rotinado ao lugar e não desdenharia a sua capacidade de passe e visão de jogo. Miguel Veloso é, ainda, um trunfo de peso nos lances de bola parada. Considerando estes atributos, optaria por uma solução conservadora. Ou seja, pela continuidade do 4 no onze.
NUNO MARTINS, Jornalista
Quem é a alternativa certa para render Coentrão?
MIGUEL VELOSO
Não deixa de ser curioso que tenha sido Paulo Bento a experimentar Miguel Veloso no lugar de defesa-esquerdo, quando ambos defendiam as cores do Sporting. A opção provocou atritos entre jogador e treinador. No entanto agora a situação é bem diferente. Estamos em pleno Mundial e não é altura para “birras”. Miguel Veloso conhece bem as rotinas do lugar e devido à boa cultura tática que possui pode e bem fechar o corredor esquerdo, dando ainda as coberturas necessárias na zona central. E depois tem capacidade de passe a curta e longa distância, argumento sempre importante na hora de emprestar acutilância ofensiva à equipa. Não é Fábio Coentrão mas pode disfarçar a ausência do Caxinas.
MIGUEL BELO, Jornalista
RICARDO COSTA
A opção está longe de ser a ideal mas Paulo Bento não tem melhores alternativas a Coentrão nos 23 que levou para o Brasil. Se Ricardo Costa não for o escolhido para render Pepe no centro da defesa, as circunstâncias aconselham a utilização do jogador do Valencia na lateral-esquerda. Trata-se de uma adaptação já experimentada, tal como os seus dois concorrentes, e que garante uma maior coesão do sector defensivo. Estando a vertente ofensiva irremediavelmente comprometida, qualquer que seja o eleito, pois nenhum dos três mostra tal vocação, pelo menos com Ricardo Costa existe a perspetiva de que o flanco direito do adversário será devidamente vigiado e de que a defesa portuguesa não se desposicionará facilmente.
LUÍS PEDRO SOUSA, Chefe de redação
ANDRÉ ALMEIDA
É verdade que Miguel Veloso e Ricardo Costa são mais experientes neste tipo de competições, mas o jogador do Benfica está mais rotinado na posição de lateral e até jogou no lado esquerdo da defesa por algumas ocasiões na equipa comandada por Jorge Jesus. André Almeida rendeu Fábio Coentrão no confronto com os alemães e pode dizer-se que a exibição não foi a ideal. A timidez no ataque, no apoio a Nani, e o erro que ditou o quarto golo germânico até poderão levar PauloBento a não apostar no benfiquista, mas André Almeida tem aquilo que Veloso e Ricardo Costa não têm:rotinas. A inexperiência joga contra o camisola 6 de Portugal, mas ser titular é sempre diferente de entrar “à pressa” para render um colega lesionado.
PEDRO PONTE, Jornalista
Patrício justifica volta à baliza quando recuperar?
SIM
Não pode ser pelo facto (evidente) de não ter registado uma boa exibição frente à Alemanha que PauloBento deve retirar a confiança no seu guarda-redes de “sempre”. Rui Patrício esteve ao nível dos seus companheiros na estreia, ou seja mal, mas não se deve colocar tudo em causa após uma derrota natural mas por números traumáticos. Quem ama o desporto sabe que o trabalho tem sempre frutos. O talento não desaparece assim tão rápido. Com a confiança de todos os portugueses de certeza que ainda dará muitas alegrias a Portugal e, no final, vamos aplaudir o seu esforço e dedicação.
DIOGO JESUS, Jornalista
NÃO
O titular da baliza portuguesa apresenta lacunas que não são de agora e ficaram por demais expostas na exibição frente à Alemanha. Mas o problema é anterior e Rui Patrício, que tem inegáveis virtudes, não é o melhor para ocupar aquele posto. O guardião do Sporting costuma tremer nos grandes momentos, é inseguro a sair às bolas cruzadas e falha muito com a bola nos pés. E a Seleção precisa de alguém que transmita maior segurança em momentos delicados. Não há soluções ideais, mas há melhores.
LUÍS MILHANO, Editor
Qual o substituto ideal para Pepe?
NETO
Apesar de ter apenas 9 internacionalizações, o central dos russos do Zenit – e que também já passou por Itália – tem qualidade suficiente para ser titular ao lado de Bruno Alves. Aliás, nas duas vezes que Paulo Bento lhe confiou esse estatuto em jogos “a doer” (perante Rússia e Luxemburgo), Portugal não só ganhou como não sofreu um único golo. De resto, neste caso, o ter ficado de fora da hecatombe com a Alemanha também funciona como vantagem, visto não estar desgastado física e psicologicamente. O ser mais novo que Ricardo Costa é igualmente um trunfo a considerar num embate a realizar... na selva.
LUÍS AVELÃS, Editor
RICARDO COSTA
As convicções, o treino, o momento de forma, as características do adversário, as rotinas da equipa e a estratégia são dados que um técnico habitualmente pesa para decidir a quem confia um lugar no onze. Paulo Bento, decerto, só tomará a decisão mais perto do jogo mas há um indicador que aponta para Ricardo Costa: o facto de ter sido ele o “premiado” para render Pepe frente à Alemanha, o que pressupõe, não que se está a poupar Neto (poupar de quê, se todos perderam?), mas uma hierarquia interna a que Bento costuma ser fiel. Acresce quea própria experiência de cada um na Seleção pode contar. E Costa tem nove anos de balneário.
VÍTOR ALMEIDA GONÇALVES, Jornalista
Qual a melhor opção para a vaga de Hugo Almeida?
ÉDER
Há que aproveitar um dos poucos jogadores que sobreviveram ao choque frontal com o panzer da Alemanha. O avançado do Sp. Braga não tremeu durante a estreia no Campeonato do Mundo e, apesar de ter ficado em branco, deu algum trabalho a Neuer, assinando uma exibição bem mais agradável do que o titular, Hugo Almeida. Paulo Bento deverá, assim, aproveitar o momento de Éder, que vem deixando bons apontamentos, tanto nos treinos como nos jogos de preparação. Deixá-lo no banco seria desperdiçar um trunfo importante em termos anímicos. Há quem argumente que lhe falta experiência, mas esta só se adquire... jogando. Ocaminho faz-se caminhando e é isso que o ponta-de-lança necessita. Precisa de quem lhe indique o trajeto para a baliza dos Estados Unidos. Paulo Bento não irá, por certo, tirar o tapete ao versátil atacante, que ganhou a pulso a presença no Mundial.
NUNO POMBO, Jornalista
POSTIGA
Dos 23 que Paulo Bento levou para o Brasil, Hélder Postiga é o que leva mais golos ao serviço da Seleção Nacional, logo a seguir a Cristiano Ronaldo. O capitão português contabiliza 49 golos e é o melhor marcador de sempre; Postiga já somou 27 e no top nacional ocupa o... 6.º lugar. A somar aos números que lhe dão clara vantagem sobre Éder, o dianteiro da Lazio possui mais calo neste tipo de eventos. Postiga estreou-se em jogos oficiais na Seleção no Euro’2004 e no currículo conta presenças em quase todas as fases finais em que Portugal esteve envolvido desde então: Mundial’2006, Europeu’2008 e Europeu’2012 (só falhou o Mundial’2010). Domingo, frente aos Estados Unidos, mais do que força, a Seleção precisa de experiência. E também nesse aspeto, os 31 anos de Postiga levam vantagem sobre os 26 de Éder.
PAULO QUENTAL, editor
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