Demasiadas dúvidas para tão pouco tempo

Cinco estádios ainda não estão prontos quando faltam 100 dias para a bola rolar...

Demasiadas dúvidas para tão pouco tempo
Demasiadas dúvidas para tão pouco tempo • Foto: Reuters

Quando faltam 100 dias para o início do Campeonato do Mundo, existem ainda demasiadas dúvidas em torno da organização de um dos maiores eventos desportivos internacionais. A tão pouco tempo do pontapé de saída da prova (12 de junho), era expectável que uma organização que teve cerca de sete anos para preparar a prova estivesse, nesta altura, a ultimar os preparativos.

Contudo, esta visão romântica não é condizente com a realidade, bastando constatar que cinco estádios que vão acolher jogos do Mundial ainda não estão totalmente prontos:Arena da Baixada, Arena Corinthians, Arena Pantanal, Arena da Amazónia e Estádio Beira-Rio.

A FIFA, quetem alargado por diversas vezes os prazos para que os 12 complexos estejam prontos com bastante antecedência, não tem tido sucesso nas pressões para que as obras terminem, com o caso mais problemático a ser o estádio de Curitiba. AArena da Baixada correu, durante muitos meses, o risco de ficar de fora da prova e irá realizar o primeiro teste no final do mês, com o recinto ainda inacabado.

Protestos

Não é só os palcos que geram apreensão. As manifestações dos populares têm causado enorme ruído na imprensa internacional, com o povo a mostrar a sua indignação contra os elevados custos do Mundial. “Uma Copa para os ricos” é uma das frases mais escutadas nos protestos. Além das questões sociais, uma das promessas dos organizadores que não está a ser cumprida é a modernização dos transportes. Aliás, apenas dois aeroportos do projeto do Mundial vão estar renovados a tempo, com a particularidade de em Fortaleza estar a ser instalado um terminal provisório... debaixo de uma tenda gigante. Para lá dos aeroportos, o Mundial também deveria trazer novas linhas de metro e modernas redes de elétrico...

Seis operários perderam a vida

Com as obras atrasadas em alguns estádios, há ainda a registar os acidentes que vitimaram seis operários. O último tinha nacionalidade portuguesa. Tratava-se de António José Pita Martins e, a 7 de fevereiro, foi o terceiro trabalhador da Arena da Amazónia, em Manaus, que perdeu a vida num acidente. Outras duas vítimas aconteceram no Itaquerão, em São Paulo, no palco que receberá o jogo inaugural. Por último há a registar uma morte em 2012, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. Confrontado com estes números, o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil teceu duras críticas à organização do Mundial, defendendo que estes acidentes só aconteceram devido ao facto de ser mais importante o cumprimento dos prazos do que a segurança.

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