Aconteceu. A Espanha foi eliminada do Mundial à segunda jornada, depois de duas derrotas consecutivas, com um só golo marcado e sete sofridos. A campeã em título abandona o Brasil na mais completa penúria e nem uma eventual vitória no derradeiro confronto, frente à Austrália, servirá de consolo a uma geração de jogadores que vinha da mais fantástica série de conquistas: Europeu’08-Mundial’10-Europeu’12.
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No dia em que a coroa espanhola passou da cabeça de Juan Carlos para a de Felipe, a seleção espanhola viu findo o seu reinado no futebol mundial, abrindo campo às aspirações dos candidatos tradicionais, numa jornada gloriosa para o Chile, para já uma das grandes sensações deste Mundial e com lugar garantido nos oitavos-de-final. Os chilenos jamais tinham ganho à Espanha nos dez jogos disputados pelas duas equipas (oito derrotas e dois empates), mas ontem encheram-se de brios e deram uma autêntica “masterclass” num palco de eleição do futebol mundial.
Sempre juntos, disponíveis, agressivos, a fazerem pressão ao portador da bola, os jogadores de Jorge Sampaoli construiram um ascendente impressionante sobre os campeões do Mundo e não foi estranho que o tivessem materializado numa vantagem de dois golos, ainda na primeira parte.
Del Bosque tinha retocado a Espanha, com as entradas de Javi Martínez e Pedro, em prejuízo do defesa central Piqué e do cérebro da equipa, Xavi, escolhidos como os bodes expiatórios da goleada sofrida com os holandeses. David Silva derivou para a zona central, Pedro foi para a direita, Javi Martínez entrou diretamente para a defesa – ficou-se por aí a reformulação espanhola. A solução foi curta para o grande problema que a Espanha apresentou: os jogadores envelheceram, estão saturados de ganhar, e não encontram mais motivação para encontrar estratégias que os façam ter sucesso face às cada vez maiores dificuldades que os adversários lhes colocam.
Não faltaram oportunidades para que a Espanha marcasse um golo e pudesse relançar o jogo para uma fase final de aperto na área chilena, mas ontem era dia de fim de ciclo e não houve capacidade para lutar por um empate que adiaria a questão do apuramento para a última jornada. O campeão do Mundo despede-se sem glória, no Brasil continua em prova uma das equipas mais entusiasmantes: o Chile, com assinatura de Jorge Sampaoli.
ÁRBITRO (4) - Mark Geiger (EUA). Bom trabalho de quem teve capacidade para segurar o critério de deixar jogar, distinguindo o jogo em que é usado o físico legalmente dos abusos ilícitos. Aos 74’, Sergio Ramos atingiu um adversário com a bota, mas depois de ter jogado a bola. Ficou a dúvida se podia ou não ter evitado o contacto. Geiger entendeu que não.
MOMENTO
Busquets teve um golo feito nos pés, aos 53’. Se o tivesse marcado, com 37 minutos pela frente, a Espanha disporia de tempo mais do que suficiente para tentar chegar ao empate e assim continuar a lutar pela qualificação. A desilusão de Del Bosque no banco, com o falhanço, significou a abdicação dos campeões do Mundo.
NÚMERO
46 A estatística oficial da FIFA contabilizou 46 “ataques perigosos” para a Espanha, mas não houve um só que tivesse resultado em golo, confirmando-se que a finalização é uma capacidade em decadência entre os de Del Bosque, que até agora só marcaram de grande penalidade.
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