Após três semanas de mais polémica do que de preparação, os 22 Infantes portugueses...
Após três semanas de mais polémica do que de preparação, os 22 Infantes portugueses que rumaram ao Mundial de 1986 venceram o 1.º jogo frente à Inglaterra (golo de Carlos Manuel, aos 75’) e no dia seguinte houve folga. Os jogadores distribuíram-se pela piscina do Motel La Torre – onde se alojavam também os jornalistas... –, chegaram prendas de Laredo – na fronteira com os States – e alguns jogadores passaram o dia num rancho, de onde voltaram com um sorriso que ia de Saltillo a Freixo de Espada à Cinta.
Tinham sido dias muito intensos, com ameaças de greve aos treinos e um clima de rebelião que tornou a nossa seleção a principal notícia do Mundial pelas piores razões, sendo confundida com um grupo de guerrilheiros de Chiapas. Em causa estava uma questão muito simples: dinheiro. Os jogadores não estavam satisfeitos com os prémios: não concordaram com a diária de 4 contos (20 euros) e pretendiam 7 (35); pretendiam também uma participação na receita publicitária da FPF e o aumento dos prémios de presença de 300 contos (1.500 euros) para 700 contos (3.500 euros). Eles que não entendiam como é que era Joaquim Oliveira quem pagava metade da verba relativa ao uso do equipamento de uma marca desportiva. O empresário, note-se, dava os primeiros passos e foi visto a martelar os painéis de publicidade colocados no campo de treinos, após uma noite de vendaval, que não a noite da festa na penthouse do Motel La Torre, gerido por um anafado mexicano cuja não muito menos volumosa esposa se tornou confidente de um defesa da equipa nacional.
Quanto à festa que assinalou a vitória sobre a equipa orientada por Bobby Robson, durou quase toda a noite e começou com um jantar presidido pelo selecionador José Torres. Estive sentado sempre ao lado do “Bom Gigante”, pois nessa altura os jornalistas não eram considerados uma peçonha. Bem, resta dizer que na altura tinha só 24 anos e que o restaurante pululava de guapas mexicanas muito mais novas. Apenas se acrescenta que nessa noite os elevadores da torre do motel não pararam de subir e descer.
A FIGURA
A Locomotiva do Barreiro
Carlos Manuel já tinha sido “o herói de Estugarda”, qualificando Portugal para o Mundial’86 com um tiro de bombarda. O médio então no Benfica, conhecido por “Locomotiva do Barreiro”, em honra do tempo de ferroviário, foi um dos mais ativos na revolta de Saltillo, dando o peito às balas tal como os operários da sua terra o fizeram na longa noite do Estado Novo. Aliás, o chamado “grupo do Barreiro” também predominou na Seleção Nacional que se apurou para o Mundial 18 anos depois da façanha dos Magriços em Inglaterra, sempre com o guarda-redes Bento, o central Frederico e o avançado Diamantino por perto. Mas Bento viria a lesionar-se com gravidade antes do 2.º jogo (foi rendido por Damas) e talvez aí tenha começado o fim de estado de graça dos Infantes, crucificados após derrotas com Polónia e Marrocos sob o epíteto de “mercenários”. Um epíteto se calhar exagerado.
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