Muntari, devido a castigo, é uma baixa de enorme peso nas Estrelas Negras...
A estreia aziaga com uma derrota diante dos EUA, num jogo em que um golo madrugador de Dempsey obrigou as Estrelas Negras a assumir as despesas e a subir prematuramente as linhas do seu 4x2x3x1, foi um castigo demasiado pesado para uma seleção que teve mais bola, atacou de forma destemida, e rematou quase o triplo das vezes do oponente. No entanto, o Gana deparou-se com deficiências na definição, fruto do abuso de cruzamentos, travados pelo jogo aéreo dos defesas-centrais estado-unidenses, e na falta de enquadramento na finalização: só 8 dos 21 remates encontraram o caminho da baliza.
A vertigem e a verticalidade ganesa esbarrou na inexistência de um 10 capaz de servir o veloz, móvel e profundo Gyan, como também os movimentos em diagonal dos extremos Atsu e André Ayew. A entrada de Boateng, o mais capacitado para fazer essa ligação, acompanhado pelo aumento de intensidade permitiu ao Gana subir as linhas de pressão e asfixiar o adversário, a contas com dificuldades físicas, só surpreendendo que o golo, apontado por André Ayew, tenha surgido a oito minutos do fim. A reviravolta parecia possível, mas contrariando as expectativas, na sequência de um canto, os EUA fizeram o 2-1, desvendado as deficiências ganesas na defesa ao homem de bolas paradas, já patenteadas na qualificação.
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O cenário prévio à partida da Alemanha, motivada pela goleada infligida à seleção portuguesa, estava longe de ser o melhor. O selecionador Appiah promoveu três alterações no onze, trocando também o posicionamento dos defesas-centrais. Contrariar o “tiki-taka” alemão, recorrendo à intensidade, agressividade e imensa disponibilidade física dos seus jogadores, o que permitiu subir as linhas de pressão e retirar jogo exterior a uma Alemanha excessivamente centralizada, garantiu equilíbrio na contenda, até porque os ganeses nunca deixaram de procurar a baliza adversária.
O jogo abriu na segunda parte e os golos apareceram. Primeiro, Götze, perspicaz a aproveitar uma cobertura deficiente de Afful e Boye; depois, André Ayew a restabelecer o empate, atacando o espaço entre Mustafi e Mertesacker, e Gyan, na sequência de um contragolpe, a assinar uma surpreendente reviravolta. À semelhança do que acontecera contra os EUA, novo golo sofrido na sequência de um canto, bem aproveitado por Klose, ditou o 2-2 final.
A espada dos conquistadores é demasiado frágil para derrubar a parede matemática, igualmente desfavorável aos ganeses, que têm de esperar por uma vitória dos EUA sobre a Alemanha e não poderão contar, devido a castigo, com o nuclear Muntari. Teorias da conspiração à parte, só mesmo um milagre poderá evitar que as duas seleções abandonem o Mundial sem glória. Contudo, a Seleção Nacional, mesmo com menos 27 horas de descanso, tem a obrigação de evitar a pior participação numa fase final de uma grande competição de seleções.
Uma seleção intensa e vertiginosa
O 4x4x2 é sistema preferencial de Kwesi Appiah, só que a lesão do avançado Waris na antecâmara da Copa obrigou-o a recorrer ao 4x2x3x1 com desdobramentos em 4x4x1x1. O castigo de Muntari, unidade crucial no meio-campo, abre uma lacuna no onze. Agyemang-Badu, Essien e Asamoah, que tem vindo a atuar como defesa esquerdo, são as opções.
A exibição apagada de Kevin-Prince Boateng diante da Alemanha deverá reconduzir Jordan Ayew, avançado vertical pouco dado a pensar o jogo, à titularidade para atuar nas costas de Gyan. Capaz de praticar um futebol curto e apoiado a partir do sector recuado, convidativo a uma pressão média-alta para obrigar os centrais a errar, a seleção ganesa perde geometria sem Muntari, mas Rabiu confere intensidade e agressividade. Fechar a subida dos laterais Afful e Asamoah, capazes de conferir largura e profundidade ao jogo ofensivo da equipa, torna-se determinante, de forma a não repetir erros do último prélio.
A mobilidade, velocidade e verticalidade das unidades mais avançadas será outro fator a ter em conta, sendo de evitar as referências individuais, os espaços nas costas das defesas e os desequilíbrios em transição defensivas. As bolas paradas laterais, normalmente batidas ao segundo poste, são outra arma venenosa. Apesar de patentear uma perceção tática interessante, o Gana revela lacunas no sector defensivo.
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