O guardião que se notabilizou pelo Boavista falhou os mundiais de 1990 e 1994...
O guardião que se notabilizou pelo Boavista falhou os mundiais de 1990 e 1994...
RECORD – Queria que contasse algumas das memórias do Mundial em que participou, em 1998?
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WILLIAM – Claro que sim, mas a minha ligação a mundiais já vem de trás. Fui convocado para o Mundial de 90 e cheguei a ir para Itália, no entanto fui dispensado a três dias do primeiro jogo, com a Argentina.
R – Deve ter sido um momento de tristeza, imagino. E em 94?
W – Sim, foi um mau momento, porque qualquer jogador sonha ir a um Mundial. Ainda por cima nesse ano tinha sido eu o titular na CAN, que é a competição africana semelhante ao vosso Europeu. Foi injusto. Para 94 fui pré-convocado, mas acabei fora da lista final, por questões políticas. Aqui nos Camarões era mesmo assim. O N’Kono e o Bell foram os dois principais guarda-redes.
R – Finalmente a presença em 98, ainda por cima em França, que é uma espécie de país irmão dos Camarões...
W – Cumpri finalmente o grande sonho que tinha e que vinha sendo adiado há oito anos. Foi um momento único na minha carreira e é claro que isso é algo de que não se esquece. Jogava no Boavista nessa altura.
R – Que principais memórias tem dessa competição?
W – Lembro-me que gostei muito do ambiente que rodeia o Mundial. Infelizmente, os nossos jogadores já estavam muito satisfeitos só por estarem lá e as coisas não correram muito bem em termos desportivos. Empatámos com a Áustria, perdemos com a Itália; no último jogo, precisávamos de ganhar ao Chile, mas empatámos e eles é que se apuraram.
R – Foi uma frustração não ter seguido em frente?
W – Claro que gostava de ter seguido em frente, mas valeu pela experiência. OMundial é uma grande montra, principalmente para os jogadores africanos e asiáticos que querem dar o salto para o futebol europeu. Para mim, foi mais a realização de um sonho, porque quando aconteceu esse Mundial eu já tinha 30 anos e estava no fim da minha primeira época no Boavista.
R – Jogou quatro anos no Brasil e onze em Portugal. Vai ser um Mundial também especial para si?
W – Claro que sim. São dois países que me dizem muito e dos quais guardo boas memórias. OBrasil merece organizar uma prova assim, porque as pessoas adoram futebol. Portugal vai jogar em casa, porque é a mesma língua e a ligação é muito especial. Eu tenho uma filha nascida no Brasil e outra em Portugal, e por isso são dois países especiais para mim, além dos Camarões que obviamente também vão lá estar, mas pelo facto de ter dupla nacionalidade, vou torcer por Portugal, claro.
RECORD – Que avaliação faz do grupo de Portugal no Mundial?
WILLIAM – Acredito que Portugal vai qualificar-se para os oitavos-de-final. Tem qualidade para isso, e se o Cristiano Ronaldo, que é o melhor jogador do Mundo, estiver em forma, vai fazer a diferença. Mas o grupo não vai ser de certeza fácil. A Alemanha é o principal favorito e um dos candidatos a ganhar o Mundial, tal como a Itália, a França, o Brasil e a Argentina. De resto, Portugal é superior aos Estados Unidos e ao Gana. Aseleção africana é forte e vai certamente mostrar-se, mas acho que não está ao nível da Seleção Nacional.
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