Médio afirma que os jogadores da Seleção Nacional não ficam ansiosos assim tão facilmente
Após a derrota (0-2) de Portugal frente à Irlanda, Bernardo Silva falou à RTP para explicar o que correu mal no jogo da Seleção Nacional. O jogador do Man. City garante que nada teve que ver com ansiedade.
O que se passou?
"Foi um jogo difícil, em que a Irlanda nos deu o controlo jogo, nos deu bola. A Irlanda procurou ser muito direta, procurou o contra-ataque, as bolas paradas. É mérito deles, mas também demérito nosso. Foi um jogo que se tornou bastante complicado, em que não conseguimos controlar as transições. Na primeira bola parada, fazem golo e nunca conseguimos ser muito eficientes, não conseguimos meter muita gente em zona de finalização, fomos sempre muito previsíveis. Contra uma linha de cinco, contra equipas assim tão físicas não é fácil. É talvez o mais dificil no futebol, eu estou habituado a jogar contra este tipo de equipa no meu país."
Foi uma questão de ansiedade?
"Não diria. Claro que queríamos ganhar, garantir já a qualificação para o Mundial, mas este grupo de jogadores joga ao mais alto nível e não fica assim tão ansioso tão facilmente. Foram questões técnico-tácticas que não nos correram assim tão bem."
Agora é vencer para a calculadora não voltar?
"Sim, sem dúvidas. Vamos jogar para ganhar, hoje jogámos para ganhar, mas não conseguimos. Estamos tristes, desiludidos. O futebol é assim, mérito do adversário. Tem uma grande organização e já nos criou grandes dificuldades. Mas agora vamos ao Porto garantir a nossa qualificação e vamos conseguir isso."
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O jogador falou ainda à SportTV e abordou as lições que Portugal que tirou deste jogo.
Análise da partida:
”Foi um jogo parecido ao de Portugal, ainda que eles tivessem sido um bocado mais agressivos em alguns momentos, por jogarem em casa. Uma equipa que defende com linha de 5, bloco muito baixo, jogadores muito físicos. Talvez seja o mais difícil no futebol atacar contra equipas assim. Mas muito demérito nosso, também, na forma como fomos previsíveis, como metemos pouca gente nas zonas de finalização, como nunca os conseguimos meter desconfortáveis. Na 1ª bola parada que têm, exatamente o que procuravam, fazem o golo e tirou-nos intranquilidade para ir à procura do nosso golo. Fomos sempre um bocadinho precipitados, mas faz parte do futebol. Irlanda tem muito mérito, óbvio, também com muito demérito nosso, mas seguimos e temos a qualificação nas mãos contra a Arménia em casa, é isso que queremos”.
Que lições tira?
”É difícil dizer cinco minutos depois de acabar o jogo. O mais difícil no futebol é atacar equipas em bloco baixo, com linha de 5x4x1 ou 5x3x2, equipas que não saltam, não se encontra espaço atrás dos médios, é muito difícil. É preciso ter muita paciência, ter os conceitos muito bem aplicados e muita sintonia. Hoje não conseguimos fazer isso. Os defesas estiveram sempre confortáveis, com superioridade. Não conseguimos criar desconforto. Mérito da Irlanda, seguimos para o próximo”.
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