Após o acordo de paz para a Faixa de Gaza
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, pediu hoje calma aos manifestantes pró-palestinianos nos jogos de Israel com Noruega e Itália, da qualificação europeia para o Mundial'2026, após o acordo de paz para a Faixa de Gaza.
"Todos devem estar felizes com o plano de paz e apoiar o processo. É claro que isto vai além do futebol, mas também inclui o futebol", afirmou aos jornalistas o dirigente ítalo-suíço, à margem da Assembleia Geral dos Clubes Europeus de Futebol (EFC), em Roma.
Israel visita a Noruega no sábado, em Oslo, três dias antes de medir forças com a Itália, em Udine, em encontros das sétima e oitava jornadas do Grupo I de apuramento europeu para o Mundial, no qual os israelitas são terceiros classificados, com os mesmos nove pontos dos transalpinos (menos uma partida) e seis abaixo dos nórdicos, líderes isolados.
Na semana passada, durante uma greve nacional que levou milhões de ativistas às ruas em Itália, manifestantes pró-palestinianos aproximaram-se do centro de estágios dos transalpinos, em Florença, para exigir que o jogo previsto para Udine não fosse realizado.
Cerca de 10.000 pessoas planeavam protestar no próprio dia da partida, mas, na quarta-feira, Israel e Hamas anunciaram um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, primeira fase de um plano de paz proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após negociações indiretas mediadas por Egito, Qatar, Estados Unidos e Turquia.
"Parabéns ao presidente Trump, ao Qatar, ao Egito e a todos os países que colaboraram neste assunto", referiu Gianni Infantino, que tem tido uma relação próxima com o líder norte-americano, por via da realização do Mundial de clubes deste ano e do Campeonato do Mundo de 2026, coorganizado por Estados Unidos, México e Canadá.
A UEFA equacionou suspender Israel das provas europeias devido ao seu envolvimento na guerra, enquanto o autarca de Udine, Alberto Felice De Toni, pediu o adiamento do jogo, numa altura em que a Itália, campeã mundial em 1934, 1938, 1982 e 2006, tenta evitar uma terceira ausência consecutiva do principal torneio planetário de seleções.
Apenas 4.000 ingressos tinham sido vendidos até segunda-feira para o jogo previsto para o Estádio Friuli, que pode acolher 25.000 pessoas. Já a Noruega vai prescindir da receita da partida no Estádio Ullevaal, em Oslo, destinando-a a favor da organização Médicos Sem Fronteiras.
Além de falar das manifestações esperadas nos próximos jogos de Israel, o líder da FIFA disse que "não haverá problemas" com a emissão de vistos temporários nos Estados Unidos para as delegações participantes e para os adeptos durante o Mundial2026, apesar do aumento das restrições da administração Trump à migração legal para o país.
Gianni Infantino abordou ainda a hipótese de reavaliar o calendário mundial do futebol para alterar as datas dos Mundiais a partir de 2030, tal como sucedeu na edição de 2022, disputada entre novembro e dezembro, no Qatar, devido ao calor excessivo no verão.
"A discussão é geral. Jogar em alguns países europeus em julho é muito quente, então, talvez devêssemos refletir sobre isso. Há que ver como podemos encontrar formatos de competição que protejam um pouco mais as novas necessidades do calendário. Existem algumas maneiras de otimizá-lo e só precisamos de manter a mente aberta", sustentou.
Portugal, Espanha e Marrocos vão organizar o Mundial'2030, que celebrará o centenário da prova com uma passagem inicial por Argentina, Paraguai e Uruguai, ao passo que a Arábia Saudita acolherá a edição seguinte, em 2034, no regresso ao Médio Oriente.
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