Roberto Martínez: «Quando sofremos um golo contra a Alemanha mudámos a mentalidade...»

Selecionador considera que há aspetos a melhorar mas ficou contente com exibição diante da Hungria

Roberto Martínez
Roberto Martínez • Foto: Lusa/EPA

Apesar de considerar que ainda há vários aspetos a melhorar, Roberto Martínez ficou satisfeito com a exibição de Portugal diante da Hungria, na qualificação para o Mundial'2026. 

À RTP

Análise ao jogo: "Todos os jogos são diferentes, mas encontrámos as soluções que acho importantes. A Hungria tem um contra-ataque muito bom, defendemos muito bem em geral, controlámos o jogo. A posse de bola foi muito boa. Dois remates, dois golos. É difícil quando damos dois golos. Adorei a atitude, o foco. Faltou em momentos controlar o jogo melhor, levar o jogo onde queremos porque a Hungria tinha ataques rápidos. É um jogo perfeito para melhorar e ajustar aspetos. Em geral, o foco foi incrível. Os jogadores que entram ajudam, fazendo a diferença. Uma vitória importante".

O que teve de mudar no plano inicial? "Mostrámos uma personalidade incrível, quando sofremos um golo contra a Alemanha mudámos a mentalidade, agora podemos sofrer e acreditamos naquilo que podemos fazer. Aconteceu com a Espanha também. Temos uma resiliência que é muito importante para construir o resto do jogo. Conhecemos a Hungria, a Alemanha e a Holanda não marcaram aqui em bola corrida. Marcámos dois golos em bola corrida. Foi um desempenho muito bom. Não controlámos na primeira parte o ritmo, continuámos a tentar contra atacar e isso ajudava à Hungria. Ajustámos o ritmo e algumas posições. A polivalência foi mais uma vez importante neste estágio, poder utilizar jogadores em posições diferentes e poder controlar o jogo faz com que seja difícil para o adversário. Há aspetos que precisamos de avaliar e melhorar". 

Médios na linha mais recuada, a Hungria aproveitou: "Não concordo. Acho que a Hungria teve um canto e dois remates. A Hungria tem qualidade, tem um jogador como Szoboszlai que ajuda a equipa, se nós no aspeto defensivo foi um canto e dois remates é porque defendemos bem. Ter o Rúben Neves ajudou muito. Em geral, se a Hungria só teve um canto e dois remates é porque a equipa defendeu bem, mas num espaço diferente que os comentadores podem avaliar". 

À Sport TV 

Dificuldades foram para além do que tinha perspetivado? "Acho que merecemos a vitória, é certo que a Hungria em casa já mostrou isso contra a Alemanha, a Holanda, uma equipa muito bem estruturada que gosta de jogar sem bola e o contra-ataque é um dos melhores a nível de seleções. Sofremos dois golos, mas foram dois remates. Defendemos muito bem, em zona importantes. Em geral, a atitude da equipa foi forte, taticamente na primeira parte não estivemos tão fluídos como na Arménia mas acho que os valores da equipa mais uma vez... a vitória é importante para nós, para poder melhorar. A Hungria não toma risco, pode ser efetiva. Fico muito satisfeito com os 6 pontos fora de casa".

O que é que Portugal podia ter feito para evitar os dois golos? "Na primeira parte falhou que mostrámos muita vontade para chegar à baliza. Há momentos em que a Hungria aproveitou isso e forçámos o jogo nas zonas interiores, há momentos em que precisamos de ter mais calma, controlar o jogo e executar à entrada do último terço a nossa vontade. Acho que o Rúben Neves fez uma exibição muito boa, difícil porque ajustámos aspetos no equilíbrio ofensivo, ajudou muito para evitar. A Hungria tem dois remates à baliza".

Quando Portugal sofre o segundo, estava a preparar a entrada de António Silva. Sofreu muito com aquele momento: "Precisámos de mudar uma linha de 3 porque a Hungria já estava à procurar, a tomar mais riscos. Foi uma questão de 30 segundos. O que é importante é o espírito de grupo que continua, a nossa qualidade fica reforçada pelos valores que este grupo tem. Não é novo sofrer um golo e virarmos o resultado".

Roberto Martínez tem sido muito terreno no discurso; Pedro Proença tem candidatado Portugal ao Mundial. Os dois discursos já se podem encontrar a partir de agora? "A responsabilidade do selecionador é apurar. O presidente está a apoiar muito a equipa, o que estamos a fazer. Primeiro, é apurar e depois vamos dar tudo para os nossos adeptos. É essencial para lutar pelo sonho que temos".

Ao Canal 11 

Vitória difícil diante de uma seleção difícil. Era isto que esperava? "Era, mas não esperava a eficácia da Hungria porque precisámos de defender alto, utilizar um esquema diferente para o que queríamos fazer sem bola. Acho que fizemos isso muito bem. A Hungria só teve um canto e dois remates na baliza. É uma equipa difícil porque não arrisca, muito bem sincronizada. Ninguém marcou em bola corrida, era um desafio importante. Adorei a nossa atitude, os nossos valores, taticamente a execução na primeira parte não foi tão fluida, mas é uma vitória que tem muito significado para nós. Foi um estágio fantástico para nós, duas vitórias fora de casa".

Que vantagens/desvantagens teve jogar com linha de 3? "Estamos a pedir a um jogador que já fez essa função, o que o Rúben Dias, o Rúben Neves e o Nuno Mendes fizeram muito bem foi defender rápido e parar os ataques. O balanço é claro: defendemos bem mas sofremos num canto. Acho que é um bom desempenho defensivo, a eficácia da Hungria foi muito boa, mas marcámos dois golos de bola corrida, o que não é fácil. Um jogo difícil, mas que ajuda muito naquilo que estamos a tentar preparar para esta fase".

Sente que o mais difícil está feito com estas duas vitórias fora? "O foco é o apuramento com pontos, não é fácil. Falou-se que a Arménia é uma equipa fraca e agora ganhar à Irlanda. Não há jogos fáceis. Tornam-se fáceis se jogarmos nos 90 minutos num alto nível. Conseguimos ganhar o jogo, o foco é desfrutar do ambiente em casa, jogar em Lisboa é para tentar crescer ainda mais e mostrar que todos os jogadores estão prontos para vestir a camisola".

Vitória difícil diante de uma seleção difícil. Era isto que esperava? "Era, mas não esperava a eficácia da Hungria porque precisámos de defender alto, utilizar um esquema diferente para o que queríamos fazer sem bola. Acho que fizemos isso muito bem. A Hungria só teve um canto e dois remates na baliza. É uma equipa difícil porque não arrisca, muito bem sincronizada. Ninguém marcou em bola corrida, era um desafio importante. Adorei a nossa atitude, os nossos valores, taticamente a execução na primeira parte não foi tão fluida, mas é uma vitória que tem muito significado para nós. Foi um estágio fantástico para nós, duas vitórias fora de casa".

Que vantagens/desvantagens teve jogar com linha de 3? "Estamos a pedir a um jogador que já fez essa função, o que o Rúben Dias, o Rúben Neves e o Nuno Mendes fizeram muito bem foi defender rápido e parar os ataques. O balanço é claro: defendemos bem mas sofremos num canto. Acho que é um bom desempenho defensivo, a eficácia da Hungria foi muito boa, mas marcámos dois golos de bola corrida, o que não é fácil. Um jogo difícil, mas que ajuda muito naquilo que estamos a tentar preparar para esta fase".

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