Miguel Cardoso Pinto, partner da consultora EY, aponta à remodelação dos direitos televisivos e à internacionalização da 1.ª Liga
A visibilidade que a organização do Mundial'2030 vai dar a Portugal deve ser aproveitada para valorizar a indústria do futebol, segundo um partner da consultora EY, apontando à remodelação dos direitos televisivos e à internacionalização da 1.ª Liga.
"Tem sido feito um trabalho fantástico no desenvolvimento da indústria de futebol em Portugal ao longo dos últimos anos, e isso também pode ser importante para este evento, para ser uma bandeira de Portugal para o mundo", lançou Miguel Cardoso Pinto em entrevista à agência Lusa.
Hoje, o Congresso da FIFA vai formalizar sem oposição a candidatura ibero-marroquina, que vai trazer a território luso a 24.ª edição do principal torneio mundial de seleções, com os estádios da Luz e de Alvalade, em Lisboa, e do Dragão, no Porto, eleitos para receberem vários jogos do Mundial'2030.
"Neste momento em que Portugal está a repensar o modelo dos direitos televisivos para o nosso campeonato e para as oportunidades de internacionalização do nosso futebol, acredito que o Mundial'2030 pode ser um momento relevante para puxar a alavanca do futebol e valorizar o futebol português pelo mundo, que não é só alcançado através da nossa seleção, e dos nossos jogadores, mas também dos clubes", assinalou o líder da área de Estratégia e Transações da EY Portugal.
Em fevereiro de 2021, o anterior Governo socialista aprovou um decreto-lei que determina a comercialização centralizada dos direitos televisivos dos jogos da 1.ª e 2.ª ligas a partir da época de 2028/29, com o objetivo de "valorizar os direitos televisivos e multimédia das competições profissionais de futebol", de modo a que a distribuição das receitas seja "mais equitativa" entre os clubes participantes.
"No fundo o que se fala aqui é como é que se consegue construir um bolo maior do que aquele que existe hoje, é esse o grande desafio. Os clubes grandes [Benfica, FC Porto e Sporting], que hoje têm a maior fatia do bolo, querem garantir que a fatia não diminui. Para tal, é preciso trazer novas formas de valor para o futebol e, com isso, fazer com que o bolo seja maior", vincou Cardoso Pinto.
De acordo com o responsável, "a forma do motor económico dos clubes e da própria Liga pode ser repensada", de modo a acompanhar a transformação do modelo de negócio que está a ocorrer a nível global, e o grande desafio é valorizar o produto de futebol em Portugal.
"Acredito que este Mundial pode servir esse objetivo, ajudando a posicionar e a valorizar a nossa indústria de futebol", destacou, sublinhando que deve ser aproveitada a experiência com a organização do certame, que vai proporcionar um investimento na formação de pessoas e na capacitação de recursos humanos, bem como um "pulso de proximidade" aos fãs de 'desporto-rei', para promover cada vez mais a profissionalização das sociedades desportivas.
"Há espaço para melhorar a capacidade dos clubes mais pequenos, quer em termos de competências de negócio, quer através do desenvolvimento das infraestruturas", acrescentou o 'partner', considerando que tal permitiria aumentar a competitividade da Liga portuguesa e torná-la mais apetecível no mercado internacional.
Paralelamente, Cardoso Pinto salientou que a organização do Mundial2030 vai englobar outras dinâmicas, como a construção de novas infraestruturas relacionadas com centros de treino, que devem ser capitalizadas para desenvolver as valências das sociedades desportivas de menor dimensão.
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