De Batistuta a Sergio Busquets

De Batistuta e Sérgio Busquets
• Foto: D.R. RECORD

Ao longo das nove edições da Taça das Confederações alguns nomes importantes do futebol mundial brilharam nos relvados que serviram de palcos à competição criada em 1992 na Arábia Saudita. De Cobi Jones (Estados Unidos) a Bastian Schweisteiger (Alemanha), passando por Emmanuel Amunike (Nigéria) e acabando em Sergio Busquets (Espanha), a prova confirmou ou lançou jogadores que deixaram marca nas suas seleções nacionais.

Na primeira edição, em 1992, a argentina mostrou ao Mundo um jovem avançado de 23 anos de nome Gabriel Batistuta. Havia feito a estreia na seleção apenas um ano antes mas ao longo dos anos seguintes afirmou-se como um dos mais importantes jogadores da sua geração, totalizando 78 jogos e 56 golos com a camisola da Argentina.

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Outra das figuras dessa prova foi outro jovem avançado, o norte-americano Cobi Jones, então com 22 anos. Jones acabaria por se tornar no recordista de jogos pelos Estados Unidos, que ainda mantém, com 164 partidas e 15 golos marcados. Esteve presente nos Jogos Olímpicos de 1992 e em três Mundiais, 1994, 1998 e 2002 tendo defrontado Portugal no jogo que os Estados Unidos venceram por 3-2.

Herói chicoteado

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Menos famoso mundialmente mas igualmente marcante na história da sua seleção nacional foi um terceiro avançado que se destacou nessa Taça das Confederações de 1992, o saudita Saeed Al-Owayran. Aos 25 anos, era a grande figura do mundo árabe, tornando-se famoso além fronteiras com um golo marcado à Bélgica no Mundial de 1994, mas dois anos mais tarde caiu em desgraça.

Numa noite de abril de 1996 Al-Owayran foi visto numa discoteca na cidade do Cairo com prostitutas russas e foi alvo de um processo na Arábia Saudita, sendo punido com oito meses de suspensão da seleção, tendo sido preso e chicoteado em praça pública por violação do Corão.

Em 1995, a segunda edição da Taça das Confederações confirmou dois ou três nomes que também deixaram marca nas suas seleções. O avançado Brian Laudrup, então já com 26 anos, era o principal jogador de uma seleção de segundo plano apresentada pela Dinamarca, já que os seus melhores jogadores não foram libertados pelos clubes uma vez que a prova se disputou em janeiro. Brian Laudrup somaria 82 jogos e 21 golos quando concluiu a carreira na seleção da Dinamarca.

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Marca muito semelhante à do argentino Ariel Ortega, uma das figuras da seleção da Argentina nessa edição da Taça das Confederações. Então com 24 anos, Ortega assumia um papel importante no meio-campo ofensivo da equipa e quando pendurou as botas tinha 87 jogos e 17 golos marcados.

Leão

Mais novo na época era o nigeriano Emmanuel Amunike. Aos 25 anos, era um dos avançados do Sporting e estrela da seleção, a par de Jay Jay Okocha, que viria a tornar-se num dos poucos jogadores do seu país com três presenças n Mundial, em 1994, 1998 e 2002.

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A edição de 1997, a quarta da Taça das Confederações, foi dominada por dois dos melhores jogadores de sempre dos seus países, os brasileiros Romário e Ronaldo e o checo Pavel Nedved. Romário era já um consagrado, com 29 anos e o Mundial de 1994 como troféu máximo e foi o melhor marcador da edição, com 7 golos, dividindo com o jovem (21 anos) Ronaldo o protagonismo na final com a Austrália marcando 3 golos cada um.

Nedved, então com 25 anos, era já o grande condutor de todo o jogo ofensivo de uma seleção checa que um ano antes chegara à final do Euro’1996. A República Chega perdeu a meia-final da Taça das Confederações para o Brasil, mas ficaria com o terceiro posto ao vencer o Uruguai por 1-0.

Ronaldinho e Ballack

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Dois anos mais tarde, em 1999, a prova foi ganha pelo México mas o destaque individual foi para o brasileiro Ronaldinho Gaúcho, então com apenas 19 anos. O avançado estreara-se na seleção apenas dois meses antes e tornou-se no melhor marcador da prova, com 6 golos.

A seleção da Alemanha teve a sua primeira participação na prova nesse ano, mas acabou por ser um verdadeiro desastre, somando duas derrotas (4-0 com o Brasil e 2-0 com os Estados Unidos) e apenas uma vitória (2-0 sobre a Nova Zelândia). Entre os seus jogadores, salvou-se apenas o médio Michael Ballack, então com 23 anos, que se estreara um ano antes. Quando se retirou, Ballack totalizava 98 jogos e 42 pelo seu país.

Em 2001, a França conseguiu a primeira de duas vitórias na Taça das Confederações e um dos destaques da equipa foi o jovem avançado Nicolas Anelka, então com 22 anos. Anelka marcou apenas um golo na prova, mas cimentou as bases para um lugar na equipa nos anos seguintes, apesar da forte concorrência. O Brasil, que perdeu o jogo de atribuição do terceiro lugar para a Austrália por 1-0, apresentou uma equipa de segundas escolhas, onde se destacou o jovem médio Fábio Rochemback, então com 20 anos, também ele com uma passagem pelo Sporting, aos mais tarde.

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A edição de 2003 teve em dois franceses as figuras em destaque, os avançados Thierry Henry e Djibril Cissé. Henry, com 26 anos, era já a figura central do ataque de França e sagrou-se melhor marcador da prova com 4 golos, um deles que valeu a vitória na final com os Camarões. Cissé, então com 18 anos, foi a revelação da equipa, embora nos anos seguintes não tenha sido capaz de confirmar tudo o que prometera.

Alemães e espanhóis

As duas últimas edições da Taça das Confederações, em 2005 e 2009, foram palcos para alemães e espanhóis se mostrarem. Em 2005, Bastian Schwensteiger e Lukas Podolski, ambos com 21 anos, foram protagonistas da seleção da Alemanha que apesar de jogar em casa não foi além do terceiro lugar. Oito anos mais tarde, ambos continuam a ser titulares habituais na equipa alemã.

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Em 2009, na África do Sul, a Espanha, campeã da Europa um ano antes, estreou-se na Taça das Confederações e a grande revelação foi o médio Sergio Busquets, então com 20 anos. O selecionador Vicente del Bosque procurava uma alternativa para o veterano Marcos Senna e o jogador do Barcelona, que se estreara apenas um mês antes, acabaria por agarrar a oportunidade, mantendo a titularidade desde então.

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