O Estádio Mané Garrincha, em Brasília, que este sábado receberá o jogo inaugural da Taça das Confederações, entre o Brasil e o Japão, é o campeão dos gastos de todos os seis recintos que serão utilizados na prova e no Mundial'2014. Com capacidade para 71 mil espetadores e depois de já ali terem sido gastos mais de 430 milhões de euros, cada lugar ficará ao custo de 6 mil euros.

O antigo avançado e atual deputado federal Romário, eleito pelo Partido Socialista Brasileiro no estado do Rio de Janeiro, publicou esta quinta-feira um relatório da série de visitas que ele próprio e outros deputados realizaram nos últimos meses às cidades que vão receber a Taça das Confederações e alertou para os aumentos substanciais dos custos inicialmente estimados.

Segundo Romário, o recinto mais barato na relação preço/lotação é o Arena Castelão, em Fortaleza. O estádio, com capacidade para 60.326 espetadores, custou cerca de 3 mil euros por assento. Segundo o relatório de Romário, o recinto que menos custou aos cofres públicos dos diferentes estados brasileiros foi o Arena Pernambuco, no Recife, cujas obras não ultrapassaram os 175 milhões de euros.

No seu relatório, Romário refere-se ainda a pequenos atrasos nas obras de alguns dos aeroportos, mas nenhum que possa preocupar a organização do Mundial'2014.

Um das notas mais interessantes do relatório de Romário tem a ver com o facto de terem sido precisamente nos estádios construídos através de PPP’s (parcerias público-privadas) que se verificaram as menores derrapagens de custos e atrasos nas entregas das obras. Os mais caros e atrasados foram os únicos construídos apenas com dinheiros público, o Mané Garrincha, em Brasília, e o Maracanã, no Rio de Janeiro.