Abandona futebol aos 22 anos e vira sucateiro: «Nunca fui tão feliz»

Alexander Easdale agora acorda cedo, conduz camiões e separa lixo no ferro-velho

• Foto: Getty Images

Alexander Easdale vivia o sonho de qualquer jovem futebolista quando decidiu mudar de vida. Aos 22 anos trocou uma carreira de jogador profissional no Greenock Morton, na liga escocesa, para trabalhar como sucateiro no negócio da família. E garante que nunca foi tão feliz.

Agora, aos 23, em vez de treinar duas ou três horas por dia, o antigo avançado acorda de madrugada e passa o dia a recolher e a separar sucata. Tirou a carta de pesados, conduz camiões e entrega metal nos três ferros-velhos da empresa.

"Sou muito mais feliz. Na realidade, aprecio cada dia", explica o ex-futebolista, que chegou a estar na mira de clubes ingleses. "O futebol é bem pago, o estilo de vida é bom. Treinas de manhã e depois tens tempo livre para fazeres o que quiseres e recuperar."

E prosseguiu: "Estive a tempo inteiro no futebol durante 10 anos e a dada altura concluí que já tinha alcançado tudo que queria. Pensei que podia entrar no negócio da sucata e começar por baixo, como o meu pai e o meu tio fizeram."

O pai de Alexander, Sandy Easdale, começou um negócio familiar de sucata com o irmão, James, quando ambos eram ainda muito novos. Hoje, têm uma empresa bem-sucedida, depois de terem feito fortuna com autocarros, táxis e fabrico de janelas.

"A sucata corre-nos no sangue, ou gostas ou odeias", conta o pai do ex-jogador, citado pelo 'The Sun'. 

Em outubro do ano passado Alexander disse ao pai que ia deixar o futebol para se dedicar ao negócio da família. "É difícil deixar o campeonato de futebol e iniciar um duro dia de trabalho. Deixou o clube num domingo e começou na sucata na  segunda-feira. No futebol tens o pequeno-almoço, uma massagem, o almoço e depois vês um filme para recuperar. Agora, comparem isso a conduzir um camião de recolha de lixo. Pensei para mim que esta experiência ou ia fazê-lo crescer ou ia 'parti-lo'. Obviamente fê-lo crescer", contou o pai. "Eu disse-lhe 'lembra-te que o futebol é uma vida fácil comparado com a sucata, não vais sentar-se num escritório'. Mas ele não se importou."

Alexander quis mesmo começar por baixo, conforme explicou o pai. "É fácil vestir um fato, sentar-se na sala da direção, receber 100 mil por ano e um carro da empresa, mas ele não quis isso. Está na base do impédio, não quer crescer graças ao seu nome", acrescentou Sandy Easdale. "Está cá há 9 meses e adora. Estou orgulhoso por se ter adaptado tão bem. Não sente falta do futebol, não deu um pontapé numa uma bola desde que veio embora."

 

Alexander não se arrepende: "Há muito mais pressão no futebol, onde és escrutinado todos os domingos, do que na minha vida atual. Aqui sou apenas um trabalhador, que trabalha das 8 às 5, que sai no camião para recolher sucata e que trabalha com as máquinas no ferro-velho. Sou muito mais feliz e desfruto de cada dia."

Por Record
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