"Se deixar o controlo sobre um bando de milionários estou perdido"...
Sir Alex Ferguson é um nome único e incontornável na história do futebol Mundial. Os títulos que conquistou falam por si, mas o respeito que os adversários mostram por ele é provavelmente a maior prova desse estatuto. Perto de se retirar, Sir Alex concedeu uma entrevista ao portal brasileiro iG, fazendo algumas revelações bastante curiosas.
"O futebol mudou em muitos aspetos e isso tornou este clube uma marca Mundial. Sempre disse que a figura mais importante no Manchester United é o treinador e houve quem não entendesse isso. Os mesmos de sempre... Se deixar o controlo sobre um bando de milionários [os jogadores] estou perdido. Temos de ser impiedosos. Passou a linha, não há volta a dar", começou por dizer o técnico escocês.
Conhecido pelo seu "secador", que aplica quando as coisas não correm bem, o técnico que comanda o United desde 1986 explica a razão pela qual perdoou as bebedeiras de Bryan Robson, uma situação que até chegou a levar ao despedimento de outros elementos.
"Além de ser um médio fabuloso, era quem mais treinava. E não influenciava o resto do grupo de maneira negativa", destacou, fazendo depois uma revelação, de certa forma, surpreendente.
"O Cantona não foi o jogador mais importante que tive em todos estes anos... Foi o Roy Keane", apontou Ferguson, falando de um médio que cumpriu 12 anos com a camisola red devil, entre 1993 e 2005, um jogador que até foi "expulso" pelo próprio técnico do clube, depois de uma polémica entrevista.
"Sentimos que ele já não era o mesmo. Continuava a ser um líder brilhante dentro de campo, mas tinha perdido um pouco [da força física]. Foi um jogador tão leal à causa do Manchester United que permitimos que saísse para o Celtic sem criar problemas", explicou.
«United tem de ganhar mais»
O currículo de Ferguson é cheio de conquistas, onde se realçam 12 Premier Leagues, assim como duas Ligas dos Campeões. Apesar do sucesso que alcançou, o escocês admite que o clube deve triunfar muitas mais vezes.
"Sempre disse que uma equipa importante como o Man. United deveria ter mais Liga dos Campeões conquistadas. Ganhámos mais uma [além de 1998] e chegámos a duas finais. Isso em cinco anos... É um bom registo, não é? Mas não estou satisfeito. Acho que podemos fazer mais. Depois de vencer uma ou duas vezes, queremos sempre mais. E todos aqui querem isso", garantiu.
Para o fim, Ferguson deixou um desejo para quando se retirar e revelou que o Manchester United é o máximo que a sua carreira pode atingir:
"Acho que o mais importante de tudo é deixar uma equipa forte e com jovens jogadores em evolução. Vai facilitar bastante o trabalho de quem assumir no meu lugar. Não vou ser uma sombra para quem chegar porque sei que o clube vai continuar a conquistar títulos", frisou.
"Quando saímos do Manchester United, não há mais para onde subir na carreira. Daí é só descer...".
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