Convocados e onze-tipo da Bélgica, Eslováquia, Roménia e Ucrânia
A Ucrânia é uma das seleções que devem ser seguidas com muita atenção durante este Campeonato da Europa. É verdade que os ucranianos tiveram de garantir o apuramento para esta fase final via playoff, mas também não podemos ignorar o facto de terem estado num grupo juntamente com Inglaterra e Itália, que garantiram as vagas diretas. Apesar de não serem claramente um dos favoritos, os ucranianos têm boas hipóteses de se apurarem para os oitavos de final, uma vez que lutarão lado a lado com Eslováquia e Roménia por essa segunda vaga - partindo do princípio que a outra não fugirá à Bélgica. Tem vários talentos que deram um salto qualitativo nesta última temporada e que poderão ser aproveitados.
Tem um guarda-redes que está habituado a vencer quase tudo pelo Real Madrid - esteve, inclusive, na final da Liga dos Campeões, onde teve um grande desempenho na primeira parte do encontro -, uma defesa que não inspira assim tanta confiança, mas médios muito interessantes e uma frente de ataque absolutamente feroz. É desta forma que a Ucrânia se apresentará nesta fase final do Campeonato da Europa. Lunin será o dono da baliza e terá à sua frente uma linha de quatro defesas: Konoplia (direita), Zabarnyi (centro-direita), Matviienko (centro-esquerda) e Mykolenko (esquerda). No meio-campo, a Ucrânia deverá apresentar um trio composto por Brazhko (médio-defensivo), Malinovsky (interior direito) e Zinchenko (interior esquerdo), uma das figuras da equipa. Na frente, venha o diabo e escolha. Com Tsygankov pela direita, Mudryk pela esquerda e Dovbyk, a grande figura do Girona na última temporada, no centro, não há defesa que fique descansada.
Guarda-redes
Defesas: Mykola Matvyenko (Shakhtar), Yukhym Konoplya (Shakhtar), Valeriy Bondar (Shakhtar), Oleksandr Tymchyk (Dínamo Kiev), Vitaliy Mykolenko (Everton), Illya Zabarny (Bournemouth), Oleksandr Svatok (Dnipro), Maksym Talovierov (LASK) e Bohdan Mykhaylichenko (Polyssia Zhytomyr)
Médios: Andriy Yarmolenko (Dínamo Kiev), Mykola Shaparenko (Dínamo Kiev), Volodymyr Brazhko (Dínamo Kiev), Taras Stepanenko (Shakhtar), Heorhiy Sudakov (Shakhtar), Oleksandr Zinchenko (Arsenal), Viktor Tsygankov (Girona), Serhiy Sydorchuk (Westerlo), Ruslan Malinovskyi (Génova).
Avançados: Artem Dovbyk (Girona), Mykhailo Mudryk (Chelsea), Roman Yaremchuk (Valencia), Vladyslav Vanat (Dínamo Kiev) e Oleksandr Zubkov (Shakhtar)
Serhiy Rebrov é o homem que está responsável por colocar um sorriso no rosto dos milhões de ucranianos que dia após dia continuam a sofrer com a guerra contra a Rússia em solo ucraniano. O treinador de 50 anos assumiu o cargo de selecionador nacional a 7 de junho de 2023 e, mesmo num grupo com Itália e Inglaterra, conseguiu garantir a presença dos seus jogadores na fase final do Campeonato da Europa deste ano que, em termos práticos, significou a terceira presença consecutiva da seleção numa fase tão avançada de um Europeu de futebol. Resta saber se, tal como em 2020, a Ucrânia conseguirá ultrapassar a fase de grupos.
Depois da temporada absolutamente incrível que teve ao serviço do Girona, uma das principais sensações - a par do Bayer Leverkusen na Alemanha - do futebol europeu na última época, temos de considerar Artem Dovbyk como a principal figura desta seleção ucraniana. Apesar de não ser propriamente um jovem, ainda tem 26 anos, o avançado do clube espanhol, que no próximo ano estará na Liga dos Campeões, foi apenas a segunda vez que conseguiu ter uma temporada com grandes números e performances individuais, tendo terminado 2023/24 (ao nível de clubes) com um total de 24 golos marcados e 10 assistências em 39 jogos. Estes números valeram-lhe a distinção de Melhor Marcador da La Liga. É obra! Para além do avançado, a Ucrânia poderá contar ainda com Zinchenko (capitão), Lunin e Mudryk como possíveis figuras da seleção.
A Eslováquia não terá propriamente uma tarefa fácil na luta pelo apuramento nesta fase de grupos. Os eslovacos partem, no papel, em papel de igualdade com Ucrânia e Roménia na luta pelo 2.º lugar - assumindo que a Bélgica ficará com o 1.º posto - deste Grupo E, mas terão de provar dentro de campo que o talento existente no lado ucraniano não é capaz de derrubar a sua força coletiva, isto partindo do princípio que os ucranianos são ligeiramente favoritos a seguir em frente. Olhando para o desempenho que tiveram na fase de qualificação, onde apenas perderam com Portugal (terminaram no 2.º lugar do Grupo J, com 22 pontos), acreditamos que a Eslováquia poderá ser uma boa surpresa.
A Eslováquia vale muito pela experiência que Dubravka dá entre os postes, mas também pela consistência da sua linha defensiva de quatro jogadores: Gyomber (direita), Vavro (centro-direita), Skriniar (centro-esquerda) e Hancko (esquerda). No meio-campo, Lobotka desempenha funções mais defensivas e deixa a inclusão no ataque para Bénes (interior direito) e Duda (interior esquerdo), sendo que Kucka também poderá substituir Bénes na sua posição. Na frente, Bozeník, avançado do Boavista, será a figura mais adiantada, com o apoio dos alas/extremos Schranz (direita) e Haraslin (esquerda).
Defesas: Peter Pekarík (Hertha), Milan Skriniar (PSG), Norbert Gyömbér (Salernitana), Dávid Hancko (Feyenoord), Denis Vavro (Copenhaga), Vernon De Marco (Hatta), Adam Obert (Cagliari) e Sebastian Kósa (Spartak Trnava)
Médios: Juraj Kucka (Slovan Bratislava), Ondrej Duda (Verona), Patrik Hrosovsky (Genk), Stanislav Lobotka (Nápoles), Matús Bero (Bochum), László Bénes (Hamburgo) e Tomás Rigo (Baník Ostrava)
Avançados: Róbert Bozeník (Boavista), Lukás Haraslín (Sparta Praga), Tomás Suslov (Verona), Ivan Schranz (Slavia Praga), Dávid Duris (Ascoli), Lubomir Tupta (Slovan Liberec) e Leo Sauer (Feyenoord)
Francesco Calzona está no cargo de selecionador da Eslováquia desde 30 de agosto de 2022, altura em que se tornou o segundo treinador não nativo - o primeiro de origem não checoslovaca - a assumir o comando técnico da equipa nacional do país. Já foi anunciado o próximo treinador do Nápoles a partir da seguinte temporada (2024/25) e tem a missão de levar o país novamente aos oitavos de final, tal como aconteceu em 2016, a melhor classificação de sempre da Eslováquia (após a Checoslováquia).
Se antes este era um exercício muito fácil de se fazer sempre que falávamos da Eslováquia, agora nem tanto. Ainda assim, Skriniar é claramente o jogador que poderá ter uma maior influência na equipa, sobretudo na segurança que poderá dar à equipa no seu contributo defensivo. O defesa-central do Inter Milão é o pêndulo da última linha da Eslováquia, um jogador com uma vasta experiência ao nível europeu e também aos grandes palcos e decisões.
Thibaut Courtois será claramente a grande ausência desta Bélgica que apresenta muitas novidades para o Euro'2024. Tal como Portugal, os belgas foram das poucas seleções que não perdeu qualquer jogo durante a fase de qualificação, tendo terminado no 1.º lugar do seu grupo, com um ponto de vantagem sobre a Áustria (20/19), que também seguiu para esta fase. Com um 3.º lugar em 1972 e um 2.º lugar em 1980, a Bélgica procura dar continuidade ao que tem feito nos Europeus mais recentes e tentar a presença nos quartos de final pela terceira edição consecutiva, o que seria inédito para o país.
A Bélgica tem por base um esquema tático que assenta no 4-3-3 padrão, com uma linha de quatro defesas, três médios (um defensivo e dois interiores) e três avançados (dois extremos e um ponta-de-lança). Após a lesão de Courtois, Sels ficou responsável pela baliza da Bélgica, que na sua linha mais recuada tem um misto de experiência com juventude: Castagne (direita), Debast (centro-direita), Vertonghen (centro-esquerda) e Theate (esquerda). No meio-campo, Onana será o médio mais recuado, servindo de pronto-socorro para De Bruyne e Tielemans - não que esta dupla precise de muita ajuda. Na frente, Romelu Lukaku será o jogador mais adiantado, com os virtuosos Doku e Trossard entregues às alas. Três diabos à solta no ataque.
Guarda-redes
Defesas: Wout Faes (Leicester), Jan Vertonghen (Anderlecht), Zeno Debast (Anderlecht), Thimothy Castagne (Fulham), Thomas Meunier (Trabzonspor), Maxim De Cuyper (Club Brugge) e Arthur Theate (Rennes)
Médios: Axel Witsel (Atlético Madrid), Amadou Onana (Everton), Kevin De Bruyne (Manchester City), Arthur Vermeeren (Atlético Madrid), Astrer Vranckx (Wolfsburgo), Youri Tielemans (Aston Villa), Orel Mangala (Nottingham), Aster Vranckx (Wolfsburgo);
Avançados: Johan Bakayoko (PSV Eindhoven), Yannick Carrasco (Al-Shabab), Charles de Kaetelere (AC Milan), Romelu Lukaku (AS Roma), Jérémy Doku (Manchester City), Dodi Lukebakio (Sevilha), Leandro Trossard (Arsenal) e Loïs Openda (RB Leipzig)
Domenico Tedesco foi apresentado como selecionador da Bélgica a 8 de fevereiro de 2023, tendo assinado um contrato com duração até ao final da participação da seleção belga no Euro'2024. Por todas as razões óbvias, o técnico italiano de 38 anos quererá ter o melhor desempenho possível à frente da seleção, aproveitando também o talento dos seus jogadores para alcançar um bom resultado e, quiçá, até entrar para a história.
Se na Polónia não há como errar, aqui muito menos. Kevin de Bruyne é claramente a principal figura da Bélgica para esta fase final do Europeu. O médio do Manchester City tem nos seus pés a qualidade necessária para fazer passes perfeitos, nos olhos a capacidade de ver as desmarcações dos seus companheiros de equipa e ainda mestria para fazer grandes golos, sobretudo importantes. É o grande talento deste núcleo, que também tem outros, como Trossard e Doku, os dois homens que serão responsáveis pelas alas do ataque dos 'Diabos Vermelhos'.
A Roménia foi uma das grandes surpresas durante a fase de qualificação. Os romenos lideraram o Grupo I, à frente de Suíça e Israel, com 22 pontos e sem qualquer derrota. Com apenas cinco golos sofridos, foram uma das melhores defesas na fase de qualificação, estatuto esse que ficou entregue a Portugal (apenas dois golos sofridos). Tem pela frente uma enormíssima tarefa de bater-se contra seleções como a Bélgica, Eslováquia e Ucrânia.
A Roménia atua num 4-2-3-1 cujas ideias coletivas assentam num estilo de jogo mais simplicista. Moldovan é o senhor da baliza romena, seguindo-se uma linha de quatro defesas com Raiu à direita, Dragusin e Burca no centro e Bancu pela esquerda. No meio-campo, Marin e Screciu funcionam como um duplo-pivô defensivo, dando suporte ao trio de médios com capacidades mais ofensivas, como são os casos de Hagi (direita), Stanciu (centro) e Dragus (esquerda). Lá na frente, como se o nome não bastasse, Puscas é o homem-golo desta equipa.
Guarda-redes: Horatiu Moldovan (Atlético Madrid), Florin Nita (Gaziantep) e Stefan Tarnovanu (FCSB)
Defesas: Andrei Ratiu (Rayo Vallecano), Vasile Mogos (CFR Cluj), Andrei Burca (Al-Okhdood), Radu Dragusin (Tottenham), Adrian Rus (Pafos), Ionut Nedelcearu (Palermo), Bogdan Racovitan (Raków) e Nicusor Bancu (Universitatea Craiova)
Médios: Deian Sorescu (Gaziantep), Nicolae Stanciu (Damac), Marius Marin (Pisa), Alexandru Cicaldau (Konyaspor), Razvan Marin (Empoli), Darius Olaru (FCSB), Adrian Sut (FCSB), Dennis Man (Parma), Valentin Mihaila (Parma), Ianis Hagi (Alavés) e Florinel Coman (FCSB)
Avançados: Denis Dragus (Gaziantep), George Puscas (Bari), Denis Alibec (Muaither) e Daniel Birligea (CFR Cluj)
Edward Iordanescu é o homem que está por trás de todo o sucesso da Roménia na fase de qualificação. No cargo de selecionador desde 25 de janeiro de 2022, a seleção romena alcançou pela segunda vez na sua história uma qualificação consecutiva para uma fase final de um Campeonato da Europa. Resta saber se os homens liderados por Edward Iordanescu conseguirão alcançar o melhor resultado de sempre da seleção em Europeus, os quartos de final (2000). Parece ser um pedido demasiado irrealista para este conjunto, mas sonhar... é livre.
Radu Dragusin é claramente o jogador com mais craveira deste grupo de jogadores da Roménia. O defesa-central, que em janeiro trocou a Génova pelo Tottenham, é o coração da equipa e foi uma peça fundamental para o grande compromisso e acerto defensivo que a Roménia demonstrou ao longo de toda a fase de qualificação.
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