As frases marcantes de Josué: «Torceram-me os braços e levaram-me como se fosse um assassino»

Médio português do Legia Varsóvia conta tudo sobre a detenção e a noite em que esteve preso

• Foto: Getty Images

Josué concedeu uma entrevista ao 'Sportowefakty', onde contou tudo sobre a sua detenção após o AZ Alkmaar-Legia, para a Liga Conferência, e a noite que passou na prisão na Holanda. Em baixo, tem um resumo com as principais declarações do internacional português sobre o tema (leia aqui o resumo alargado da entrevista).

"Foi uma noite terrível. Nunca tinha passado por algo tão mau, tão injusto. E acreditem, já passei por muito na minha vida. Não desejaria ao meu pior inimigo aquelas horas, a incerteza e os medos que me acompanharam nessa altura. Já saí da prisão, mas vou precisar de algum tempo para recuperar mentalmente."

"Deram-me pão, mas não o quis comer. Não comi nada durante mais de meio dia. Só pedi para me lavar, para lavar as mãos e a cara. Não fazes ideia quem está ao teu lado na cela. Se mataram alguém, se violaram alguém..."

"Disse-lhes que não podia ficar ali mais tempo, que tinha uma lesão. Tinha medo que outros polícias chegassem e me voltassem a meter na cela. Um trauma para sempre".

"Quando regressei a casa, depois da primeira noite, a minha mulher disse-me que passei a noite toda com os braços dobrados, como se me estivessem a deter."

"Afetou-me muito, não só a mim, mas também à minha família. Mas tenho de viver com isso. Só não quero que a minha filha viva com isso, pois já teve de responder a perguntas de outras crianças na escola sobre o motivo pelo qual o pai dela estava preso."

"Não matámos ninguém, não assaltámos um banco, não fizemos nada de errado. Levaram-me porque tinha brincos pretos. Tiraram-me tudo, incluindo os meus sapatos, e deram-me outros para calçar."

"Quando a porta [da cela] se abriu... Bem, o cheiro não era agradável. O cheiro a urina e nem toda a gente estava bem lavada, como podem imaginar."

"Os agentes da polícia tinham dito que, se o futebolista [n.d.r.: Rasha Pankov] não saísse, entrariam no autocarro. E isso seria um massacre."

"Quando cheguei ao aeroporto e vi a minha mulher e a minha filha... Foi muito emotivo, mas não gosto de chorar em frente aos que mais amo. Ainda assim, estava a ferver por dentro. Não consigo imaginar algo semelhante a acontecer-me novamente".

Tratamento ao presidente do Legia: "Não, nunca [tinha visto algo parecido]. Bateram no presidente... Para mim, o comportamento deles [polícia] foi um choque. O presidente comportou-se como um verdadeiro homem. Veio a público esclarecer o que aconteceu e, por isso, admiro a sua calma".

Por Record
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