O futebolista paraguaio Salvador Cabañas foi ouvido por um juiz, em Assunção, Paraguai, a pedido da justiça mexicana, na sequência da agressão a tiro de que foi vítima num bar da Cidade do México.

O ponta de lança, de 29 anos, falhou o Mundial'2010 depois de, no dia 25 de janeiro, ter sido ferido a tiro na cabeça nas casas de banho do "Bar Bar", onde estava com a mulher, Maria Lorgia Alonso Mena, e o cunhado, Amancio Rojas Fernández.

Um comunicado do Procurador da República do México revelou que Cabañas, a mulher e o cunhado foram ouvidos pelo juiz para determinar a responsabilidade no caso de José Jorge Balderas Garza, que está em fuga e que uma testemunha apontou como sendo o agressor do ex-goleador do América do México.

Cabañas revelou ao juiz Pedro Mayor Martínez que não se recorda de quem o atingiu a tiro, numa audiência realizada perante elementos da Procuradoria mexicana e em que a mulher e o cunhado foram ouvidos na qualidade de testemunhas.

O jogador acrescentou que apenas sentiu um golpe e que não se recorda do que se passou depois, enquanto o juiz Pedro Mayor Martínez disse aos jornalistas que Cabañas pediu que os factos sejam investigados a fundo e se faça justiça.

A mulher do jogador, por seu lado, reconheceu Francisco Barreto García, conhecido como "El Contador", como sendo um dos homens que acompanhava José Jorge Balderas Garza, ou "JJ", quando Cabañas foi atingido a tiro. Garcia foi detido pela polícia mexicana no dia 22 de junho, enquanto Balderas, que as autoridades mexicanas qualificam como traficante de droga, continua a monte.

Cabañas, que foi operado após o incidente e esteve internado na Cidade do México durante quase 40 dias, prossegue o processo de reabilitação numa clínica de Buenos Aires e viaja com frequência ao seu país, onde se encontra há alguns dias.

De acordo com fontes médicas, Salvador Cabañas, que continua com o projétil alojado na zona posterior do crânio, não vai recuperar todas as suas capacidades motoras.