Como acompanhámos a tragédia de Port Said

Record seguiu, a par e passo, todos os acontecimentos do fatídico dia...

Como acompanhámos a tragédia de Port Said
Como acompanhámos a tragédia de Port Said

A 1 de fevereiro de 2012, 74 pessoas morreram na sequência de um massacre ocorrido no estádio de futebol de Port Said, durante o encontro entre o Al Ahly, na altura orientado por Manuel José, e o anfitrião Al Masry. Uma tragédia com implicações políticas e que Record acompanhou, a par e passo, na altura. Recorde todos os acontecimentos desse fatídico dia.

23.24 - O Benfica, através do seu site oficial, expressou a sua solidariedade para com as vítimas. "A todas as vítimas da tragédia desta tarde, o Sport Lisboa e Benfica quer expressar a sua solidariedade, deixando uma palavra especial ao treinador Manuel José", pode ler-se.

23.18 - A televisão estatal do Egito avança que o exercito egípcio chegou esta noite a Port-Saïd, de modo a evitar novos incidentes na cidade.

23.04 - A Federação Egípcia de futebol decidiu suspender indefinidamente o campeonato da primeira divisão, estando já em curso uma investigação aos acontecimentos.

22.59 - O governo egípcio, liderado pelo primeiro-ministro Kamal Ganzuri, vai reunir de emergência na quinta-feira, para debater os graves incidentes no final de um encontro da Liga egípcia, que causaram 74 mortes.

22.31 - O chefe do conselho militar garantiu que será formado um grupo para investigar todos os factos ocorridos esta quarta-feira.

22.24 - O Ministério do Interior egípcio garantiu ter detido 40 pessoas ligadas aos incidentes desta noite. A mesma entidade assegurou que os responsáveis pela tragédia serão todos encontrados.

22:00 - Joseph Blatter, presidente da FIFA, mostrou-se chocado e triste com esta tragédia, classificando este dia como "negro" para o futebol

Causas políticas podem estar indiretamente ligadas aos incidentes, uma vez que os “ultras” do Al Ahly participaram na revolução egípcia do ano passado, sendo os adeptos da equipa rival associados a apoiantes de Mubarak, ditador que caiu do poder, na altura.

Hosam Mohamed Mustafa, jovem adepto que esteve presente no jogo, relatou à agência EFE os momentos mais tensos vividos nas bancadas.

"Os adeptos do Al Masry ameaçaram de morte os jogadores e adeptos do Al Ahly desde o início do jogo. Gritavam 'Vamos matar-vos' e 'não vão chegar vivos a casa'", garantiu Mustafa, que referiu ainda que a segurança nada fez para impedir a invasão de campo.

O jovem revelou ainda que os distúrbios passaram para a cidade de Port Saïd, onde destruíram veículos e lojas.

21.15 - A Irmandade Muçulmana responsabilizou os apoiantes de Hosni Mubarak, antigo presidente egípcio, pelos incidentes desta quarta-feira, segundo noticia a AP.

21.06 - Fontes oficiais do Ministério da Saúde egípcio avançam que mais de 1000 pessoas ficaram feridas devido aos confrontos. Os balneários foram inclusive transformados em hospitais de campanha. O parlamento do Egipto vai reunir-se de urgência amanhã para debater este grave acontecimento.

20:55 - Abo Treika, craque do Al Ahly já comentou os incidentes, pedindo inclusive para a Liga ser cancelada.

“Isto não é futebol. Isto é uma guerra e houve pessoas a morrerem em frente a nós. Não havia segurança nem ambulâncias. Eu apelo que a Liga seja cancelada. Isto é uma situação terrível e este dia nunca poderá ser esquecido”, disse à televisão do clube.

O Liverpool já manifestou na sua página de Facebook solidariedade para com as vítimas da tragédia.

20:40 - Aquele que é um dos piores incidentes desportivos nas últimas décadas no Egito estendeu-se já ao estádio do Cairo, onde se disputava o jogo entre o Al-Ismailiya e o Zamalek, com parte das bancadas a ser incendiada.

Os confrontos começaram mal o árbitro deu por terminado o jogo em que o Al-Masry impôs a primeira derrota da temporada ao Al-Ahly, com os adeptos a atirarem pedras, tochas e garrafas, tendo inclusive ferido alguns jogadores.

20:35 - O delegado de saúde de Port Said, Helmy Ali al Atny, explicou à EFE que a maioria das mortes resultou de fraturas no rosto e hemorragias internas, mas que também houve um grande número de feridos devido à queda de grades de proteção do estádio de Port-Said.

Helmy Ali al Atny fixou o número de feridos em 136, um número bastante inferior ao apontado pela AP, que refere a existência de mil feridos.

Os jogadores do Al-Ahly foram conduzidos ao balneário, depois de serem perseguidos pelos seguidores do Al-Masry, explicou a EFE, que relata pequenas invasões de campo a cada golo da equipa local.

20:25 - Manuel José foi agredido mas está bem.

O português Manuel José revelou esta quarta-feira que foi atingido com pontapés e socos na cabeça e no pescoço, nos incidentes após o jogo entre Al-Ahly e Al-Masry, da Liga do Egito, que já originou mais de 70 mortos.

"Mal terminou o jogo tentei ir para as cabines, meteram seguranças à minha volta mas ainda levei uns socos e pontapés na cabeça e no pescoço, mas estou bem", afirmou Manuel José à SIC Noticias, acrescentado que já estava num quartel fora do Cairo.

O treinador do Al-Ahly contou que durante o jogo o "ambiente já estava muito tenso" e mal terminou o encontro, com vitória do Al-Masry por 3-1, "milhares de pessoas foram para dentro de campo e começaram aos pontapés e aos murros".

"Vou repensar a minha vida, gosto muito de estar aqui, sou bem tratado por toda gente, mas não há condições", lamentou Manuel José.

20:20 - A estação Al Arabiya garante que os adeptos que ainda estão no relvado do estádio vão ser resgatados de helicóptero.

Um correspondente do canal Al Arabiya no Cairo assegura que existem já apelos de vingança por parte dos adeptos do Al Ahly, que se estão a juntar em grupos.

20:05 - O presidente da Liga Mário Figueiredo lamenta a tragédia ocorrida no Egito e manifesta a sua solidariedade para com o treinador português Manuel José, técnico do Al Ahly, um dos clubes envolvidos nos incidentes.

"A Liga vai decretar um minuto de silêncio na próxima jornada da Taça da Liga”, disse.

20:00 - Pedro Barny, adjunto Manuel José no Al Ahly, adiantou mais pormenores da tragédia em declarações a Record.

"O Manuel José está bem, já foi levado para um local seguro. Nós ainda estamos no balneário, para já não há problemas mas não faço ideia quando vamos sair daqui, nem como está a situação lá fora. Mas já me disseram que está muito mau", disse

Barny criticou ainda a segurança: "Vocês nem imaginam o dispositivo de segurança que falhou. Vai tudo correr bem, está tudo bem com a equipa, não há problemas com os jogadores, para já está tudo seguro no balneário mas não faço ideia de como e quando vamos sair daqui".

Veja aqui o vídeo dos trágicos acontecimentos.

O Governo egípcio considera este "o dia mais negro da história do futebol".

19:45 - O técnico português está bem de saúde tendo já prestado declarações à Sic Notícias sobre o sucedido.

"Os confrontos começaram no final do jogo mas durante a partida já tinham havido problemas entre os adeptos", explicou Manuel José, prosseguindo com detalhes.

"A partida já começou tarde, era para ter início às 16 e 45 mas só começou às 17 horas. Após o intervalo, tivemos de estar à espera 20 minutos para recomeçar a partida e depois do segundo golo deles invadiram o campo e tentaram agredir-nos, mas conseguimos fugir depressa", disse.

Segundo o técnico, o pior veio depois do apito final: "O grande confronto foi no final do jogo e a polícia não fez nada para travar as agressões. As pessoas que morreram foram na sequência de confrontos entre os adeptos e algumas pedradas", disse Manuel José".

19:30 - A France Press avança que já se contabilizam pelo menos 73 mortos e centenas de feridos, segundo dados recolhidos pela agência junto aos hospitais de Port Saïd.

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A partida entre o Al Masry e o Al Ahly de Manuel José, em Port Saïd, terminou com uma invasão de campo e de acordo com o Ministério da Saúde egípcio existem pelo menos 70 mortos, resultantes dos confrontos em pleno relvado.

Segundo alguns relatos, os jogadores do Al Ahly e também o técnico português estão barricados no interior dos balneários.

(em atualização)

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