Na segunda-feira, David Villa foi apresentado oficialmente como jogador – o primeiro, aliás – do New York City, dos Estados Unidos, clube criado em 2013. Esta quinta-feira, o avançado espanhol, de 32 anos, anunciou que vai jogar por empréstimo no Melbourne City, da Austrália. Pode parecer confuso, mas tem uma explicação.
Os dois emblemas fazem parte do City Football Group, uma empresa criada e gerida pelo… Manchester City. E se o New York City está a ser construído de raiz – em parceria com o New York Yankees (beisebol) -, o mesmo não se pode dizer do clube australiano. Em janeiro de 2014, o City Football Group comprou o Melbourne Heart, emblema fundado em 2009, por cerca de 8 milhões de euros.
Esta quinta-feira foi anunciada mais uma mudança: o Heart deu lugar ao City; o vermelho e branco do equipamento principal vai dar lugar ao azul celeste do Manchester City. O nome do clube australiano passa a ser, oficialmente, Melbourne City Football Club. Ou seja, as iniciais MCFC, as mesmas do "clube mãe" (Manchester City Football Club)
David Villa surge então como o primeiro exemplo desta irmandade de emblemas. Uma vez que o New York City só entra em ação na MLS em 2015, a solução – ou operação de marketing – encontrada foi colocar o avançado espanhol no Melbourne City, entre outubro, mês em que arranca o campeonato australiano, e dezembro.
“É bom para mim em todos os sentidos. Do ponto de vista futebolístico, terei a oportunidade de jogar num país e campeonato diferentes e, naturalmente, será o ideal para ter algum ritmo competitivo antes de iniciar a temporada na MLS”, explicou David Villa.
Visibilidade
Até aterrar nos Estados Unidos, David Villa vai, então, disputar a A-League. Uma notícia recebida com agrado por quem joga no campeonato australiano.
“É óptimo porque dá mais visibilidade e com jogadores importantes há mais pessoas a ir aos estádios. Consequentemente, gera mais dinheiro aos clubes”, explicou Fábio Ferreira a Record. O português representa o Adelaide United, também da 1.ª Divisão, há duas temporadas e está ansioso com a chegada do melhor marcador da selecção espanhola ao país. “Para mim é uma honra defrontar jogadores deste calibre”, acrescentou.
Conhecedor da realidade do futebol australiano, Fábio Ferreira acredita que o Melbourne City pode tornar-se numa ameaça. “É um clube que costuma ficar no meio da tabela e, aliás, na última época até terminou em último. Mas agora com o investimento do Manchester City pode reforçar-se com jogadores importantes e conseguir um plantel mais forte”, antecipou Fábio Ferreira.
E é neste contexto que pode entrar… Frank Lampard. O médio inglês, de 35 anos, anunciou o adeus ao Chelsea e foi apontado como reforço do New York City. A confirmar-se, poderá repetir-se a estratégia usada com David Villa.
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