Diz que no futebol "não parece existir vontade de aprender com os erros"
Eva Carneiro, antiga médica da equipa do Chelsea que deixou o clube em litígio há cerca de dois anos, confessou ter muitas saudades do futebol, embora tenha admitido que um eventual regresso terá de ser muito bem medido.
"Nem acredito que já passaram dois anos. Estive muito ocupada. Montámos a The Sports Medical Group, um serviço de medicina desportiva. A ideia é propor aos particulares um serviço médico similar ao que existe no meio desportivo. Também trabalhei no Qatar e em Gibraltar. Grandes projectos, mas também voltei à normalidade. Voltei a sentir-me médica", começou por dizer Eva ao jornal ‘L’Équipe’.
Confessando ter "muitas saudades" do futebol, a médica inglesa, natural de Gibraltar, recordou: "Ao ouvir o hino da Liga dos Campeões, sentimos que fizemos parte da história e isso jamais se esquece".
O período conturbado aquando da saída do Chelsea fez com que recebesse até ameaças de morte através da internet, mas Eva Carneiro sente que o paradigma está a mudar: "Encontramos conforto todos os dias quando nos lembramos de que fizemos o nosso trabalho e não fizemos nada de mal. Felizmente, as coisas começam a mudar contra aqueles que se escondem atrás das redes sociais para ameaçar os outros. A legislação está a dar uma volta actualmente. É preciso perseguir estes indivíduos e responsabilizá-los. Creio que já pararam. Mas talvez recomecem após esta entrevista. Estou preparada!".
Carneiro afirmou que recebeu "propostas muito generosas de clubes ingleses e estrangeiros" para voltar ao futebol, mas não aceitou por chegarem "num mau momento" ou simplesmente por não entusiasmarem suficientemente a médica.
"Para entrar num projeto, é preciso que cada bocadinho de mim esteja apaixonada por ele. Perdi quaisquer ilusões que tivesse acerca do futebol. Não parece haver vontade de aprender com os erros. Mas confio no meu instinto. Se aparecer uma proposta à minha medida, saberei reconhecê-la", explicou.
Reclama maior papel da medicina no desporto
Eva Carneiro crê que a atual presença da medicina no desporto de alta competição, particularmente no futebol, não está implementada da melhor maneira. Para a médica, é necessária mais proteção aos atletas.
"Os jogadores não podem ser os gladiadores dos tempos modernos. Não podem ser atirados às feras em nome da diversão. A Premier League e os sindicatos continuam em silêncio sobre esta questão. E vi haver consequências a curto prazo, em matéria de risco para a carreira e para a vida, mas também a longo prazo, quando os jogadores colocarem em causa os seus empregadores e as instituições por não terem assegurado a sua segurança", resumiu, dando o exemplo do que já acontece na NFL.
Por tudo isto, Eva Carneiro concluiu que o maior desafio da medicina desportiva hoje em dia "são os egos".
Antigo guarda-redes assinou icónico lance em 1995
Médio do Man. City venceu o galardão em 2024
Siga em direto o jogo do grupo de Portugal
Internacional dinamarquês está à procura de clube depois de ter terminado contrato com o Manchester United
Revelação caricata de Allan Nyom sobre o dianteiro colombiano
Bobo Baldé, que esteve na final da Taça UEFA de 2003, entre Celtic e FC Porto, terá sido atropelado e esmurrado por pais antes de ser levado pela polícia
Companhia aérea 'proibiu' música do defesa nos seus voos
Filho do extremo do Barcelona foi ignorado por mascote no parque de diversões parisiense