Ex-lateral francês lembra como o avançado português se sentiu ao abandonar os bianconeri
Patrice Evra, antigo defesa francês, atualmente comentador desportivo e um fenómeno nas redes sociais, falou da saída de Cristiano Ronaldo da Juventus, considerando que o internacional português não recebeu "amor e respeito". O ex-lateral do Manchester United, que está a morar no Dubai por se sentir "em casa", deixou ainda uma mensagem contra o racismo, alertando para a "consciência coletiva".
"Viajo por toda a Europa em trabalho, mas aqui há uma ótima qualidade de vida e sinto-me seguro. Até a minha companheira pode voltar às duas da manhã em segurança. É um ótimo lugar para olhar para o futuro", explicou o gaulês ao 'La Repubblica', garantindo que as pessoas não deixam de o reconhecer na rua. "Até as crianças vêm atrás de mim! Amam a minha energia positiva!".
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Grande amigo de Cristiano Ronaldo, Evra revelou o motivo do internacional português ter deixado os bianconeri de forma "repentina".
"Porque precisa de amor e respeito. Percebeu que em Turim estava a tornar-se o bode expiatório para os resultados insatisfatórios da Juventus. As críticas que lhe fazem têm sido ridículas e até um pouco hipócritas. E quando Allegri disse, em conferência de imprensa, que não ia jogar todos os jogos, também teve peso. Não há necessidade de dizer certas coisas em público, dizem-se em privado. Cristiano sente-as e comove-se com elas", explicou o francês, que detalhou o porquê do português ter rumado a Old Trafford.
"Só lá é que encontrou o respeito e o amor que esperava. Lá, ninguém se atreveria a criticá-lo. Isso foi decisivo. Assim que teve a chance de voltar, não pensou duas vezes. A Juventus devia ter entendido que Cristiano exige amor e respeito. Ao recebê-los, ele dá a vida pelo clube. Mas eu também amo a Juventus, apesar de só ter lá estado dois anos e meio. Talvez porque sou um pouco louco...".
Frequentemente lembrado como um dos mais ativos na luta contra o racismo, Evra explicou o que significa o simples gesto dos jogadores se ajoelharem antes das partidas, e o quão importante é por "fazer as novas gerações refletirem".
"No projeto da Superliga, por exemplo, milhares de fãs foram às ruas e conseguiram impedi-lo. Seria bom se tudo isto fosse feito contra o racismo. As redes sociais também podem fazer melhor. Claro que é impossível bloquear todas as mensagens racistas, mas hoje em dia, se escrevermos algo sobre vacinas ou Covid, é automaticamente detetado pelo sistema. Com o racismo, isso não acontece. Outra: enquanto os bolsos não forem afetados e não forem impostas multas, nada mudará. Os jogadores devem continuar a ajoelhar-se. Isso faz refletir, sobretudo, as novas gerações. Quando o meu filho viu aquilo pela primeira vez, perguntou-me porque o estavam a fazer. E eu expliquei-lhe. É importante para a consciência coletiva. Certamente não eliminará o racismo, mas é um grande passo", concluiu.
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