O sensacionalista jornal “The Sun” tem destas coisas. Depois de, na sexta-feira, ter revelado que 88 por cento dos seus leitores mostraram-se, num inquérito, a favor da substituição de Steve McClaren por José Mourinho no comando da selecção inglesa, ontem o questionário visava os “traidores” do técnico português. O Special One revelou, em entrevista à RTP, que 23 dos 25 jogadores do plantel terão chorado com a sua saída. O jornal presume que os restantes dois terão ficado contentes com a substituição do português.

Presume-se que o par seja constituído por John Terry e por um dos alegados “inimigos” do treinador: Ballack ou Andrei Shevchenko.

Outros jornais de ontem referem-se à tensa reunião que terá acontecido no balneário após o treino de anteontem, com Terry a assumir o papel de protagonista. Uma eventual proposta do Tottenham, as duas semanas de férias que Mourinho vai gozar no Brasil ou o facto de ter dito que o Chelsea já não lhe interessa, são outros assuntos que alimentam as discussões. Isto ao mesmo tempo que a vasta comunidade portuguesa lamenta a partida do seu “defensor”; nos últimos dias, não têm faltado vozes de Londres a desejar um rápido de regresso do treinador a Inglaterra, nem que seja para treinar um clube rival dos blues.

Mourinho já garantiu que vai continuar na capital por mais duas semanas, até resolver todos os problemas pessoais que o prendem à cidade, entre os quais o da escola dos filhos. Ontem, o português tinha programado jogar futebol com o filho num conhecido jardim de Londres, o Battersea Park, mas mudou de ideias à última hora, preferindo manter-se em casa. No entanto, garantiu que vai poder ser visto diariamente nos locais que habitualmente frequenta e que, agora no desemprego, tenciona frequentar ainda mais.