A introdução do Fair Play financeiro pela UEFA, em 2013, visava nivelar as condições financeiras dos clubes que se qualificavam para as competições europeias. No entanto, os gigantes Manchester City e PSG, controlados pelo 'oil money' dos países árabes, estavam sob vigilância financeira da UEFA pelo incumprimento das regras económicas e esperavam-se pesadas sanções para os dois clubes. No entanto, Gianni Infantino, na altura diretor-geral da UEFA, 'trabalhou' na sombra para garantir que os dois clubes evitassem consequências. O 'Football Leaks', através do diário alemão 'Der Spiegel', revelou esta sexta-feira a colaboração entre o dirigente e a cúpula diretiva de ambos os emblemas.
Em 2014, o Manchester City enfrentava a suspensão das competições europeias, devido às violações do Fair Play financeiro. No entanto, um email de Infantino, dirigido a Khaldoon Al Mubarak, chairman dos citizens, tranquilizava o dirigente do clube inglês e enumerava algumas sugestões de como ao City podia escapar das sanções. Infantino terá mantido reuniões com os líderes dos citizes e também com os dos franceses do PSG, passando em algumas ocasiões material considerado confidencial, que garantiam vantagem nas negociações mantidas com a UEFA nesse ano.
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A 'mão' de Infantino não estava só dada aos dois gigantes. Dentro da UEFA, o secretário-geral, revela o 'Football Leaks', terá tentado frustrar os procedimentos do CFCB (Club Financial Control Body, em inglês), painel responsável pela análise financeira dos clubes apurados para as competições europeias. O CFCB é composto por dois organismos: a 'Investigatory Chamber', que pode iniciar procedimentos sobre os clubes e propor penalizações, e a 'Adjudicatory Chamber', que julga as infrações e impõe as sanções. No entanto, na primavera de 2014, a comissão investigadora celebrou um acordo com os dois clubes no qual aceitava os valores de patrocínio provenientes do Qatar e dos Emirados Árabes Unidos. Um acordo para o qual Infantino muito terá trabalhado.
O fair play financeiro permite investimento externo mas estabelece um valor máximo: 15 milhões de euros. A 2 de maio de 2015, o PSG, controlado por fundos qataris, viu celebrado um acordo com a CFCB no qual os seus contratos de patrocínio com a Qatar Tourism Authority valeriam 100 milhões de euros por ano. No entanto, especialistas independentes avisaram o painel de que o valor real seria bem abaixo do celebrado. No que toca ao Manchester City, com fundos dos Emirados, o CFCB terá autorizado o clube a registar na contabilidade cerca de três vezes mais rendimento do que o valor real - cerca de 26 milhões de euros por ano. Estes 'arranjos' permitiram aos dois clubes soltar-se do escrutínio da UEFA. Os parisienses viram 'desaparecer' um deficit de 218 milhões de euros, correspondente às duas épocas anteriores, e foram multados em 20 M€.
No entanto, o acordo com o Manchester City estava mais difícil de ser selado. Do lado inglês, as ameaças de processos judiciais contra a UEFA eram constantes, do lado do organismo europeu a vontade de encontrar uma base de entendimento que 'servisse' os dois oponentes, que foi encontrada a 16 de maio de 2015, com a mesma penalização: 20 milhões de euros.
Gianni Infantino é presidente da FIFA desde fevereiro de 2016.
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