Football Leaks: Infantino tem falhado em limpar a FIFA

• Foto: EPA

O presidente da FIFA, Gianni Infantino, foi o principal alvo do 'Football Leaks', esta sexta-feira, através do jornal alemão 'Der Spiegel'. O comportamento do dirigente ao comando do organismo que comanda o futebol mundial está sob escrutínio e a sua influência nas alterações do Código de Ética da FIFA foi criticada.

Através de vários memorandos internos da FIFA, foi possível perceber que Gianni Infantino terá proposto várias alterações ao Código de Ética, dos quais muitas constavam na versão final do documento. O responsável pelo comité, o grego Vassilios Skouris, enviou um 'draft' em 21 de dezembro de 2017 ao presidente da FIFA para a correspondente revisão. A norma mais controversa terá sido a aprovação da necessidade da validação do investigador chefe da FIFA para lançar investigações sobre atos de corrupção. No entanto, a ingerência de Infantino no processo é uma clara violação do Código de Ética e do próprio estatuto da FIFA.

No entanto, nem só das ações do presidente da FIFA no organismo mereceu atenção do 'Football Leaks'. As relações privilegiadas de Infantino com o procurador suíço Rinaldo Arnold foram investigadas. O procurador-geral da região de Haut-Valais, na Suíça, terá recebido bilhetes para o Suíça-Costa Rica, do Mundial'2018, disputado em Nijni Novgorod, na Rússia, assim como para o Congresso da FIFA, no México, em maio de 2016. Ingressos para a final da Liga dos Campeões desta temporada, em Milão, também foram oferecidos. Tais gestos são entendidos como compensação por informações privilegiadas dadas a Infantino por investigações judiciais em curso, incluindo o início dos Panama Papers, em 2016, no qual a UEFA foi investigada por ter assinado um contrato televisivo com uma empresa offshore.    

Por Francisco Laranjeira
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