Liga italiana rejeita limite de estrangeiros

Uma proposta para restringir o número de jogadores estrangeiros no Calcio foi rejeitada pelo presidente da Liga italiana de futebol.

O seleccionador da “squadra azzurra”, Giovanni Trapattoni, e Luciano Nizzola, presidente da Federação Italiana de Futebol, haviam sugerido aos clubes para arranjarem uma forma de limitarem a cinco o número de estrangeiros nas equipas, contrariando as leis da União Europeia.

Mas Franco Carraro deixou claro que o acordo entre os clubes é impossível. “O futebol não é como um clube de bowling ou um concurso de xadrez”, disse o presidente da Liga ao jornal “Gazzetta dello Sport”. “Temos clubes que são autênticos negócios. Estão cotados na Bolsa, investiram milhões e precisam que as regras sejam claras e precisas para todos”, afirmou.

Trapattoni tinha-se queixado do facto dos jovens italianos não terem hipóteses em muitos clubes, que preferem apostar em não italianos. Deu como provas um jogo da Taça em que o Inter de Milão apresentou apenas um futebolista transalpino no onze inicial, e uma partida da Liga dos Campeões, em que a Lázio fez alinhar sete estrangeiros.

Em contraste, o Milan decidiu esta época apostar nos jovens talentos que despontam em Itália. O meio-campo é formado por quatro transalpinos, dos quais Gennaro Gattuso e Francesco Coco já mereceram a confiança do seleccionador principal. “Vamos continuar atentos aos jovens. Aliás, basta verificar a nossa política de contratações nos últimos três anos”, comentou Adriano Galliano, vice-presidente do Milan.

O secretário-geral da Juventus, Luciano Moggi, embora concorde que a medida favorece os interesses do país, afirma que, de momento, algumas equipas têm nas suas fileiras 10 estrangeiros, o que faz com que o processo tenha de ser longo e gradual.

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