Depois de Mantorras, os adeptos angolanos admiram agora o avançado do 1.º de Agosto. Começou a vender cassetes e CD nas artérias da capital, mas deu o salto para os relvados de futebol e sonha agora jogar na Europa
Luanda – Lourenço Cuxixima, de 20 anos, ou simplesmente Loló, é o novo “craque” de Angola. Quando pelas manhãs lançava o seu corpo pelas ruas e esquinas de Luanda, vendendo cassetes e CD, jamais passou pela cabeça daquele menino de rua, de aspecto franzino, que os seus pés, marcados pelas poeiras luandenses, poderiam um dia transformá-lo num grande jogador de futebol.
Joga no 1.º de Agosto e promete dar que falar nos próximos anos. O desejo de um dia actuar em Portugal, que é, aliás, comum a muitos outros jogadores da sua idade, é já a certeza de alguém que sonha em ingressar num grande clube europeu. “Jogar em Portugal, para depois dar o salto para um grande clube espanhol, é um dos meus sonhos. Nutro uma grande paixão pelo Barcelona. Sei que é difícil chegar lá, mas da forma como tudo tem corrido na minha vida já não sei o que mais me poderá acontecer”, desabafa Loló, que não esconde o seu passado de “menino de rua”.
Directamente das ruas de Luanda para os relvados africanos, o jovem jogador nem sempre teve a certeza que esse seria o seu futuro: “Sempre gostei e sonhei em ser um “craque”, mas a vida ensinou-me, desde muito cedo, a viver daquilo que me dava alguma coisa para poder comer, o suficiente para, pelo menos, não dormir com fome.”
Depois de um percurso um pouco atribulado nas camadas jovens do 1.º de Agosto, Loló viu a sua vida dar um salto significativo, no momento em que o “mister” Barbosa, apresentou o jogador ao técnico da equipa principal. A sua estreia oficial, quando ainda jogava pelos juniores, foi contra a Académica do Lobito, o ano passado, e Loló não só brilhou como marcou o golo da vitória.
“O profissionalismo está e sempre esteve nos meus planos, desde que me formei no 1.º de Agosto. Acho que tenho valor para singrar num futebol mais exigente. Contudo, tenho os pés bem assentes no chão, daí que acho que tenho ainda muito que aprender aqui”, afirma Loló, que, a exemplo de outros jogadores da selecção sub-20, também quer seguir as pegadas de Mantorras (Benfica) e Mendonça (Varzim), os últimos jogadores angolanos a abraçarem o profissionalismo com sucesso.
No entanto, o seu maior feito não aconteceu no clube angolano, mas sim quando representava a selecção nacional. Com apenas 20 anos de idade e dois como jogador de futebol, “o menino das ruas de Luanda” já é campeão africano de sub-20. “Por vezes fico a pensar e não acredito. Penso que estou a sonhar. Jamais me passou pela cabeça que, em pouco tempo, a minha vida pudesse mudar de forma tão radical. Mas também já reparei que é uma realidade o que está a acontecer comigo. Esta não é uma história de ficção”, assegura.
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