Ministério Público brasileiro desconfia que empresários de jogadores lavaram dinheiro do PCC

Entre os agentes está o de Éder Militão, antigo central do FC Porto, hoje no Real Madrid

O empresário brasileiro Antônio Vinícius Lopes Gritzbach acusou dirigentes de três empresas que gerem a carreira de jogadores de lavar dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC), noticiou 'O Estado de S. Paulo'.

De acordo com aquele jornal, Gritzbach, que se encontra em prisão domiciliária, explicou pormenorizadamente como atuam as três empresas que agenciam jogadores de renome, casos de Emerson Royal (atualmente no Milan) e Eder Militão (ex-FC Porto, atualmente no Real Madrid), entre outros.

Acusado pelo PCC de ter desviado 100 milhões de reais (16 M€) em bitcoins da organização, Gritzbach negociou a denúncia premiada, proposta pela defesa e aceite pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), numa das maiores investigações feitas até agora sobre a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.

O Ministério Público (MP) brasileiro está, igualmente, na posse de mensagens e contratos, que reforçam as suspeitas. Os crimes investigados deixam de fora atletas, dirigentes e clubes, mas o Gaeco quer perceber se a origem dos recursos para a negociação de atletas foi o tráfico de drogas.

Considerada a maior rede criminosa da América do Sul, o PCC nasceu num jogo de futebol realizado numa cadeia no estado de São Paulo, em 1993. A 3 de dezembro passado, Record contou a história da organização. Nessa altura, a assessoria de Ulisses Jorge, um dos mais bem-sucedidos empresários brasileiros da atualidade e que pretendia entrar no capital do Varzim, negou qualquer ligação a Danilo Lima de Oliveira, representante de Éder Militão e um dos empresários denunciados por Gritzbach, segundo 'O Estado de S. Paulo'.

Outro empresário denunciado foi Rafael Maeda Pires, que terá participado nas decisões da FFP Agency Ltda, de Felipe D'Emílio Paiva. Pires, conhecido como Japonês no PCC, foi encontrado morto dentro de um automóvel em maio do ano passado.

Por Nuno Martins
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