Miura não é touro mas quer ser eterno

A carreira de Miura teve, curiosamente, um percurso muito pouco comum em futebolistas japoneses, já que teve a sua primeira experiência profissional... no Brasil...

Miura não é touro mas quer ser eterno
Miura não é touro mas quer ser eterno

Em Portugal, o termo "Miura" é mais rapidamente relacionado com a Tauromaquia do que com o futebol, graças à famosa ganaria sevilhana que de vez em quando traz até ao nosso país alguns dos seus animais às maiores Praças de Touro do país. No Japão, o gosto pelos touros e touradas não deverá ser muito, mas há um senhor com o mesmo nome que por lá teima em brilhar.

Aos 48 anos, Kazuyoshi Miura voltou esta quarta-feira a renovar contrato com Yokohama FC, da segunda Liga japonesa, garantindo que vai jogar profissionalmente, pelo menos, até aos 49 anos, consolidando ainda mais o recorde de jogador mais velho de sempre, que há muito já é seu.

Com uma longevidade fora do normal, Miura acumula as mais diversificadas experiências ao longo dos anos. Foi considerada a primeira grande estrela gerada pelo futebol nipónico e coincidiu com o nascimento da Liga Japonesa, em 1993. Foi à seleção pela primeira vez em 1990 e em 2000 atuou pela última vez na seleção… de futebol, uma vez que em 2012 aceitou o convite para jogar na seleção nacional de futsal – realizou 6 jogos e apontou 1 golo.

Ligação à língua portuguesa

A carreira de Miura teve, curiosamente, um percurso muito pouco comum em futebolistas japoneses, já que teve a sua primeira experiência profissional... no Brasil. Formado no Juventus de São Paulo, jogou ainda no Santos, Palmeiras ou Coritiba e só em 1991 é que rumou à primeira experiência no seu país, no Yomiuri FC.

Depois jogou ainda no estrangeiro por empréstimo nos italianos do Génova (1994/95), nos croatas do Dinamo Zagreb (1998/99) e nos australianos do Sydney FC (2005/06), mas acabou por nunca conseguir singrar fora de portas.

A grande lacuna no currículo do segundo melhor marcador de sempre da seleção nipónica – 55 golos em 89 jogos – acaba por ser o facto de nunca ter participado em nenhum mundial. Kazuyoshi Miura esteve perto de representar o Japão no Mundial’98, em França, mas acabou por ser um dos três jogadores riscados do lote final de convocados, ele que até era apontado na altura como a grande referência da seleção asiática.

Até aos 111 anos?

Doido pelo número 11, que veste quase desde sempre, o "Rei Kazu", como é conhecido no seu país, onde é figura (muito) popular, viu o novo contrato ser oficializado a dia 11 de novembro (mês 11) às... 11 horas e 11 minutos. Para a história ser perfeita, Miura teria de terminar a carreira aos 111 anos, mas isso dificilmente dependerá só de si. E as leões musculares já vão aparecendo...

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