O desespero de central do Copenhaga que tem mulher e filho na Ucrânia: «Precisam da minha ajuda»

David Khocholava relata o drama da família

• Foto: Instagram/David Khocholava

David Khocholava, central do Copenhaga, deu uma entrevista emotiva aos meios oficiais do clube onde apelou à paz. O defesa, natural da Geórgia mas com mulher e filho ucranianos, exaltou o apoio da Europa ao país, e afirmou que esta é uma guerra que "a Rússia já perdeu". 

"A minha mulher, a minha irmã e o meu pai estão lá [na Ucrânia], com o meu filho que é ucraniano. Precisam da minha ajuda... Preciso de ter a cabeça fria. A cidade onde a minha mulher nasceu e cresceu foi destruída de alto a baixo", começou por dizer.

E prosseguiu: "O que a minha família e amigos têm vivido na última semana é um desastre. Vivem com medo de não haver amanhã. A minha mensagem é que se aguentem. A Ucrânia vai vencer e a Rússia já perdeu. A Ucrânia pode ter perdido pessoas, mas são uns heróis. Vão reconstruir tudo e o Mundo vai ajudar".

Khocholava explica que já viveu durante oito anos na Ucrânia e que tem tentado ajudar a família, principalmente, a "nível financeiro". "Toda a gente está unida: os mais de 40 milhões de ucranianos contra milhares de soldados russos que nem querem lutar. Estamos a tentar ajudar financeiramente, milhares de pessoas saíram do país por não terem nada para comer nem sítio onde viver. A nossa missão, e a da Europa, é ajudar refugiados até com coisas como brinquedos. Há crianças de um ano a dormir no chão. Nestas situações, as pequenas ajudas fazem as maiores diferenças".

O central agradeceu o apoio internacional e dos adeptos do Copenhaga, que cantaram o seu nome na última partida. "Agradeço muito, mas acho que não é disso que se trata. Estejam com a Ucrânia, não comigo e com a minha família. O Mundo precisa de se ver livre deste ditador, que já invadiu 20 por cento do meu país no passado e agora quer invadir o da minha mulher e do meu filho. Só quero que as pessoas se vejam livres deste vírus que temos na Europa, o maior perigo, diria eu, desde a Segunda Guerra Mundial".

O Copenhaga adiantou que a entrevista foi gravada há alguns dias e que, entretanto, o sogro do defesa acabou por morrer nos confrontos.

Por Record
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