Entre 2003 e 2008, Frank Rijkaard conduziu o Barcelona à conquista de duas ligas espanholas (2004/05 e 2005/06), uma Liga dos Campeões (2005/06) e duas Supertaças de Espanha (2005 e 2006), com um total de 160 vitórias em 273 jogos disputados.

Números mais do que suficientes para levar qualquer cético a acreditar que, depois da aventura na Catalunha, o técnico holandês de 50 anos continuaria a somar títulos e triunfos na carreira. Tal não aconteceu...

O antigo selecionador da Holanda, que cedeu nas meias-finais do Euro'2000 frente à Itália, abandonou o Barça no final da época de 2007/08. A notícia foi revelada no dia 8 de maio de 2008, precisamente um dia depois de os culés perderem no Santiago Bernabéu, frente ao Real Madrid, por expressivos 4-1 - marcaram nesse jogo, para os merengues, Raúl, Robben, Higuaín e Van Nistelrooy, enquanto Henry apontou o golo do Barcelona. Joan Laporta, então presidente dos catalães, anunciou que Rijkaard deixaria de ser treinador da equipa no final da temporada e, depois da saída, seguiu-se a "era Guardiola".

Em queda

Antes de ingressar no Barcelona, Rijkaard tinha apenas no currículo de "manager" uma presença na meia-final do Campeonato da Europa, em 2000. Enquanto jogador, passou pelo Ajax, onde começou (1980) e terminou (1995) a carreira, e, pelo meio, jogou ao serviço do Saragoça e do AC Milan.

Atingir semelhante palmarés ao que reuniu nos relvados parecia ao alcance mesmo no banco de suplentes mas, ao contrário do que diz o provérbio, foi a tempestade que veio depois da bonança... Não que a tormenta tenha sido muita, mas a verdade é que, desde que saiu de Espanha, Rijkaard nunca mais voltou a festejar um título. E já lá vão quase cinco anos...

Nos turcos do Galatasaray, o técnico sobreviveu apenas uma temporada (2009/10), na qual conseguiu levar a equipa ao 3.º lugar da Liga, enquanto na Liga Europa foi afastado nos 16 avos-de-final pelo Atlético Madrid.

A última aventura de Frank Rijkaard terminou quarta-feira, dia 15. Desde julho de 2011 no cargo de selecionador da Arábia Saudita, o holandês não resistiu aos maus resultados, o último dos quais a eliminação na 1.ª ronda da Taça do Golfo, no Bahrain, e acabou por ser afastado pela federação do país.

Apesar do despedimento, Rijkaard pode festejar a indemnização de três milhões de euros a que tem direito - tinha contrato por mais um ano - enquanto espera por mais uma nova aventura. Com apenas 50 anos, o técnico não quererá decerto cair no esquecimento.

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