Guarda-redes do Ajax aponta ainda o dedo ao mundo do futebol e ao facto de os jogadores "não poderem falhar"
André Onana recordou o momento em que deu positivo num teste antidoping, o que o levou a ficar afastado dos relvados durante nove meses.
"Chegámos ao amanhecer depois do encontro com a Atalanta [empate 2-2]. Acordei com dor de cabeça e fui tomar um medicamento que tinha sido prescrito [pelo médico], mas a minha mulher, que tinha acabado de dar à luz, tinha um semelhante, que é usado para retenção de líquidos e eu tomei sem querer. Naquele dia, fui o primeiro a fazer o controlo antidoping e a ir para casa", lembrou, em entrevista à 'Marca', acrescentando: "Quando um mês depois, estava eu nos Camarões, me disseram que tinha testado positivo disse ao médico que algo estava errado. Não sabia o que era aquilo. Depois a minha mulher é que me disse que eram comprimidos que o médico lhe tinha prescrito."
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E prosseguiu: "A UEFA reconheceu que foi um erro não intencional, que este comprimido não ajuda a melhorar o desempenho. O futebol e a vida não são fáceis. Estes erros são sancionados e tive de pagar por isso. Estou feliz por ter voltado e quero alertar os atletas de elite para terem cuidado. És responsável por tudo o que entra no teu corpo. Se beberes água contaminada, a culpa é tua. É difícil, mas são as regras e tive de cumprir a minha sentença."
Por entender que não foi intencional, o TAS (Tribunal Arbitral do Desporto) reduziu a suspensão de 12 para nove meses, mas o guarda-redes do Ajax não se conforma. "Achei uma barbaridade. Um guarda-redes não corre. Testei positivo devido a um comprimido de perda de peso quando nem tinha líquido para reter. Reduziram a pena porque perceberam que era um bocado injusto. Ainda assim, foi demasiado tempo devido a um comprimido que não acrescenta nada", frisou, olhando depois ao aspeto psicológico da situação.
"É incrível como um comprimido de 40 miligramas pode destruir a tua vida, a carreira e manchar a tua imagem. Psicologicamente é muito difícil. Pensei como iria contar aos meus pais que dei positivo para doping se nunca fumei ou bebi na vida. Foi tão duro que às vezes duvidava de mim. Vi tudo o que saiu na imprensa e pensei: 'serei viciado em drogas?'. Isto é o que te faz aprender e torna-te mais forte. Percebes que no futebol não há humanidade. Para alguns somos robôs e não temos o direito de falhar", concluiu.
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