Joseph Blatter e Michel Platini estão no centro do furacão que abala a FIFA nos últimos meses. O jornal espanhol "As" avança este sábado que a investigação das autoridades suíças à sede do organismo que tutela o futebol Mundial, em Zurique, revelou que Platini recebeu um pagamento ilegal de Blatter - que este considera tratar-se de "um acordo de cavalheiros" - no valor de 1,8 milhões de euros, canalizados para financiar um escritório em Paris.

O jornal "As" escreve que que Platini, conselheiro especial de Blatter entre janeiro de 1999 e junho de 2002, trabalhou às ordens do suíço através de um escritório arrendado em Paris, França, na praça André-Malraux. Durante um período de 42 meses, Platini contratou pessoal administrativo e um ex-empregado da FIFA, Alain Leiblang, assumindo o pagamento de todas as despesas com aluguer e salários.

Esse "investimento" do francês só foi pago por Blatter nove anos depois, com a entrega de 1,8 milhões de euros, verba que a investigação em curso indicou ser "em prejuízo da FIFA".

Ao longo dos referidos 42 meses que passou em Paris, Platini foi incubido de estudar a hipótese da realização de campeonatos do mundo a cada dois anos, além de analisar as leis de jogo da UEFA, com o intuito de submeter propostas, como por exemplo a do fim das substituições no último quarto de hora de jogo.

Recorde-se que o Comité de Ética da FIFA suspendeu Blatter, Platini e o secretário-geral Jérôme Valcke, a 8 de outubro, por um período de 90 dias, na sequência das investigações em curso na sede do organismo máximo do futebol.